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Notícias / Bípede

Estudo revela que ancestral mais antigo dos humanos era bípede

Com análises apuradas em três ossos de primata, foi possível confirmar a postura que a espécie tinha

Luisa Alves, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 24/08/2022, às 18h03

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Representação dos ancestrais bípedes capazes de subir em árvores como chimpanzés - Divulgação/CNRS/Université de Poitiers
Representação dos ancestrais bípedes capazes de subir em árvores como chimpanzés - Divulgação/CNRS/Université de Poitiers

O mais antigo ancestral dos humanos já era capaz de andar ereto há 7 milhões de anos, como concluíram pesquisadores franceses que estudaram o fêmur da espécie. Apesar da característica, os braços desses primatas possuíam adaptações para subirem em árvores como chimpanzés.

Como repercutido pela Folha de S.Paulo, a pesquisa que foi apresentada pela revista científica Nature, revela que no Sahelanthropus tchadensisa, a abertura craniana que se conecta com as vértebras do pescoço, se posiciona embaixo do crânio, no meio.

Imagem do fêmur estudado/Divulgação/CNRS/Université de Poitiers

No caso dos chimpanzés, essa abertura está localizada atrás do crânio, fazendo com que o Toumaï ficasse com a cabeça reta em posição vertical, uma forte indicação de que seria um bípede, então possivelmente o ancestral mais antigo de nossa linhagem.

Locomoção da espécie 

A equipe de Poitiers —  que revelou há 20 anos a identificação do crânio do primata, com o formato distorcido —  apresenta detalhes sobre a locomoção da espécie com base em mais três ossos, que são um fêmur esquerdo e duas ulnas, ossos do braço que ligam as mãos.

Nosso estudo mostra que o mais antigo representante do nosso grupo de primatas era capaz de se mover de forma bípede nas árvores e também no chão. Demonstramos ainda que o Sahelanthropus conseguia se movimentar como quadrúpede nas árvores", explicou Guillaume Daver, primeiro autor do estudo, à Folha de S. Paulo.

A parte de cima do fêmur, relativamente achatada, e virada para frente, como nos demais hominídeos, revela o caráter bípede da espécie, além da musculatura dos glúteos, que teria sido robusta o suficiente para sustentar esse tipo de movimentação.