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Notícias / Arqueologia

Estudo expõe segredo familiar no primeiro assentamento inglês permanente na América

Localizado na área da antiga Colônia da Virgínia, assentamento de Jamestown foi o primeiro assentamento inglês permanente estabelecido nas Américas

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 14/08/2024, às 12h54

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Fotografia dos sepultamentos de família em Jamestown - Divulgação/Antiquity
Fotografia dos sepultamentos de família em Jamestown - Divulgação/Antiquity

Um novo estudo publicado nesta terça-feira, 13, na Antiquity, revelou segredo de uma família que viveu no primeiro assentamento inglês permanente da América do Norte, Jamestown, localizado na Colônia da Virgínia. Ele foi fundado na margem nordeste do rio James, a sudoeste da atual Williamsburg, e foi capital colonial entre 1616 e 1699.

Durante escavações na igreja da cidade, que foi construída entre 1608 e 1616 — onde inclusive se reuniu a primeira assembleia representativa da América, a Assembleia Geral —, arqueólogos encontraram vários sepultamentos próximos ao altar no presbitério do local. E foi após analisar os restos mortais ali encontrados que os pesquisadores acreditam ter descoberto um segredo familiar da época.

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Segredo familiar

Após comparar o DNA dos esqueletos com documentos históricos, foram identificados ali os vestígios de dois homens identificados como Sir Ferdinando Wenman (1576–1610) e o Capitão William West (1586–1610). Ambos eram membros da proeminente família West, que também contava com o primeiro governador de Jamestown, Thomas West, o Terceiro Barão De La Warr.

Porém, além de identificá-los, os pesquisadores também descobriram que Thomas e William eram parentes maternos; o que, para o estranhamento geral, não era indicado em nenhum documento, segundo o Heritage Daily.

Documentos judiciais do espólio do Capitão West observam que sua tia — que era beneficiária de seu testamento —, sugeria que o próprio William West era filho da tia de Thomas West, Elizabeth. No entanto, Elizabeth nunca foi casada, o que sugere que William seria, na verdade, um filho ilegítimo.

A ilegitimidade era tabu no século XVII, especialmente em famílias de alto status. Como resultado, casos de ilegitimidade frequentemente não eram registrados em documentos oficiais de linhagem. Esse foi o caso da família West", explicam os pesquisadores no estudo.