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Notícias / Arqueologia

Estudo em múmia de mil anos revela que homem morreu de constipação e comia apenas gafanhotos

Segundo pesquisador, o indivíduo recebeu ajuda de familiares ou amigos, se alimentando “principalmente do corpo rico em fluidos” do inseto

Isabela Barreiros Publicado em 15/12/2020, às 15h23

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Lower Pecos Canyonlands, no Texas, onde o homem viveu - Divulgação -  Karl Reinhard
Lower Pecos Canyonlands, no Texas, onde o homem viveu - Divulgação - Karl Reinhard

Em 1937, os restos mortais mumificados de um homem foram descobertos perto da união dos rios Rio Grande e Pecos no sul do Texas. A mumificação aconteceu devido ao clima árido da região e muitos estudos foram realizados no corpo, mas uma nova pesquisa revelou mais detalhes sobre sua morte.

O indivíduo viveu no Texas entre mil e 1.400 anos atrás e provavelmente sofria com a doença de Chagas, que fez com que seu sistema gastrointestinal fosse bloqueado por completo, causando uma constipação. Os pesquisadores apontam essa prisão de ventre como a causa de sua morte.

O cólon do homem inchou pelo menos seis vezes o seu tamanho normal e, assim, ele não conseguia digerir alimentos. Isso fez com que ele ficasse mal nutrido, mas sua família ou amigos o alimentaram de uma forma peculiar nos seus últimos meses de vida: com gafanhotos. 

"Então, eles estavam dando a ele principalmente o corpo rico em fluidos - a parte selecionável do gafanhoto", explicou Karl Reinhard, da Universidade de Nebraska-Lincoln. "Além de ser rico em proteínas, era muito rico em umidade. Portanto, teria sido mais fácil para ele comer nos estágios iniciais de sua experiência de megacólon”, disse.

Sobre a arqueologia 

Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história. 

Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.