Anteriormente, os grandes felinos serviam de parâmetro para entender a preservação do território
De acordo com reportagem publicada nesta segunda-feira, 11, pela Folha de S.Paulo, um novo estudo liderado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), acredita que ao longo dos últimos seis anos, as onças-pintadas estão se adaptando às degradações na Amazônia.
A conclusão se deu após os especialistas analisarem os grandes felinos da região de Paragominas, local conhecido por passar por grandes danos em seu território, como, desmatamento para pecuária, exploração de madeireiras e garimpos ilegais.
Após o monitoramento, os estudiosos acreditam que as onças estão “mudando hábitos para se adaptarem ao impacto humano e estão sobrevivendo também em áreas degradadas”, como revelou a bióloga e coordenadora da pesquisa Ana Cristina Mendes de Oliveira, em entrevista à Folha de S.Paulo.
Sabe-se que anteriormente, as onças eram usadas como uma espécie de ‘termômetro’ pelos pesquisadores, para entender o nível de preservação da região. Onde os felinos eram encontrados, ainda havia um nível suficiente de biodiversidade para manter o animal.
Contudo, isso mudou com o resultado da pesquisa. “Não podemos mais afirmar que onde tem onça ainda há áreas preservadas”, afirmou Ana Cristina. Agora, os especialistas trabalham para entender como esses animais estão fazendo para se manter: se permanecem na floresta, ou, se buscam recursos externos em fazendas, por exemplo.