O julgamento do venezuelano teve início nesta quarta-feira, 22, na França
Ilich Ramírez Sánchez, mais conhecido como "Carlos, o Chacal", compareceu nesta quarta-feira, 22, a um tribunal da França para responder por um atentado a uma galeria comercial de Paris ocorrido em 1974, no qual duas pessoas foram mortas. Segundo a AFP, este é o terceiro julgamento ao qual o venezuelano é submetido.
Segundo a fonte, as sessões, que deverão ocorrer até sexta-feira, servirão para que a Justiça determine a duração da pena, uma vez que o réu já é considerado culpado pelo crime.
A condenação anterior determinou a prisão perpétua a Sánchez, que tem hoje 71 anos. Ele está preso no país desde 1994, quando foi capturado no Sudão.
"Estou de férias forçadas há 27 anos e meio", disse ele ao presidente do tribunal quando este exigiu que o réu se apresentasse.
Por ser responsável pela explosão de uma granada na galeria Drugstore Publicis, que deixou 2 mortos e 34 feridos, o venezuelano foi condenado em março de 2017 à prisão perpétua. No ano seguinte, a sentença foi confirmada novamente em um tribunal de apelação.
Porém o Tribunal de Cassação, que ordenou o presente julgamento, anulou parcialmente a segunda sentença, a qual declarava Sánchez culpado por assassinatos e tentativas de assassinato por "efeito de uma potência explosiva" e de transportar "um artefato explosivo sem motivo legítimo". A Justiça, portanto, entendeu que o Chacal havia sido condenado duas vezes pelo mesmo crime.
Segundo informações do UOL, o homem que cometeu crimes em nome da luta anti-imperialista nas décadas de 1970 e 1980, foi condenado duas vezes à prisão perpétua em razão de três assassinatos e quatro atentados com bombas.