Peça faz parte de mostra em homenagem aos 200 anos da morte do imperador francês.Veja obra!
Na última semana foi celebrado o segundo centenário da morte do imperador Napoleão Bonaparte. Como homenagem, o Les Invalides, onde o corpo de Bonaparte está, recebeu a exposição “Napoleão? Outra Vez!”. Porém, segundo a AFP, uma das obras foi alvo de polêmicas.
Trata-se da instalação feita por Pascal Convert, que fez uma reprodução do esqueleto do cavalo preferido do imperador, Marengo, que ficou suspenso sobre o túmulo de Napoleão. Além de Pascal, outros trinta artistas participaram da exposição.
Segundo a AFP, a maioria das obras foram feitas para a mostra, cujo projeto é dirigido por Eric de Chassey, diretor do Instituto Nacional de História da Arte (INHA), que dá aos artistas participantes total liberdade para criarem suas obras.
A intenção de Convert, segundo o próprio explicou, era de retratar um rito dito por Heródoto, que queria que os cavalos acompanhassem sem donos na morte. Com isso, ele reconstituiu, em 3D, o esqueleto do puro-sangue que está preservado no Museu do Exército Nacional de Londres.
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"Eu sabia que esse trabalho poderia causar mal-entendidos, mas é tudo, menos desrespeitoso", disse Chassey à AFP. "Paradoxalmente, isso permite uma forma de reabilitação para Napoleão. A realidade da guerra é a morte. Desde os tempos antigos temos essa imagem de guerreiros que sobem ao céu a cavalo. Em túmulos antigos, o cavaleiro era sepultado com seu cavalo".
Porém, esta não foi a visão de partidários do imperador. Membro da Funação Napoleão, o historiador Pierre Branda, descreveu a obra como “Grotesca e chocante” em um artigo publicado no jornal Le Figaro.