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Notícias / Ciência

Equipe de cientistas estuda se mamíferos podem respirar pelo ânus

O estudo é liderado por Takanori Takebe, professor do Cincinnati Children’s Hospital Medical Center

Redação Publicado em 20/12/2021, às 11h51

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Imagem ilustrativa de ratos de laboratório - Wikimedia Commons / Jason Snyder
Imagem ilustrativa de ratos de laboratório - Wikimedia Commons / Jason Snyder

O gastroenterologista Takanori Takebedeu início a uma série de estudos para descobrir se os mamíferos poderiam promover respiração intestinal à semelhança de alguns animais aquáticos, como o bagre-americano e a aranha-do-mar. Esses seres vivos, quando estão em ambientes onde há escassez de oxigênio, ativam uma forma emergencial de respiração para sobreviver.

Takebe, que é professor no Cincinnati Children’s Hospital Medical Center (EUA) e na Tokyo Medical and Dental University, e sua equipe, organizaram estudos com ratos, camundongos e porcos, submetendo-os a condições extremas de privação de oxigênio.

Conforme informações do jornal Folha de S. Paulo, os cientistas a princípio utilizaram oxigênio gasoso aliado à raspagem do muco retal, porém essa alternativa acabou sendo descartada no decorrer do processo. A prática pode ser prejudicial ao sistema digestivo, uma vez que o muco tem função protetora contra a passagem de agentes nocivos para a corrente sanguínea.

No segundo teste, os cientistas utilizaram uma outra substância, o PFC (perfluorocarbono) oxigenado. O resultado foi que o líquido facilitou a troca de gases com a superfície do intestino.

Um terceiro grupo de animais não recebeu qualquer tipo de intervenção. Nesse caso, nenhuma das cobaias sobreviveu por mais de 11 minutos, enquanto que, no grupo que recebeu oxigênio gasoso e teve o muco raspado, a taxa de sobrevivência foi de 75%, sendo que os animais suportaram em média 50 minutos.

Já aqueles que receberam a solução aquosa de PFC tiveram resultados parecidos com os últimos, além de que não foram constatados efeitos colaterais. Apesar disso, os pesquisadores alertam para a ausência de estudos a longo prazo. 

Takebe afirma que não há, até o momento, qualquer pesquisa com humanos em andamento. Porém, o médico espera que seja possível começar um estudo no próximo ano por meio da startup que ele mesmo fundou, a EVA Therapeutics Inc.