Fenômeno pode ser indicativo de eventos climáticos extremos e perdas futuras, com o possível desaparecimento da região; entenda!
Chaminés de ventilação, chamadas de “fumos brancos”, foram recentemente descobertas no fundo do Mar Morto, revelando uma nova característica desse ecossistema.
Essas estruturas soltam jatos de água salgada e podem ser usadas como um alerta antecipado para a formação de sumidouros nas áreas adjacentes. As informações são do The Guardian.
O Mar Morto enfrenta um processo de encolhimento acelerado. Ao longo dos últimos 50 anos, a evaporação intensa fez com que seu nível caísse cerca de um metro por ano, colocando sua superfície a impressionantes 438 metros abaixo do nível do mar.
Essa diminuição do volume de água abriu novas rachaduras nas camadas rochosas, o que levou os pesquisadores a investigarem como isso pode afetar os aquíferos de água doce na região, especialmente em Israel, Jordânia e na Cisjordânia, onde os níveis dessas fontes subterrâneas vêm caindo alarmantemente, repercute o The Guardian.
Mergulhadores foram encarregados de explorar fontes subaquáticas na costa oeste do Mar Morto. Durante suas expedições, encontraram estruturas de chaminés de 2 a 3 metros de largura e até 7 metros de altura, liberando jatos de fluido branco.
Após análise em laboratório, os cientistas confirmaram que esse fluido provém dos aquíferos de água doce ao redor, que se infiltram nos sedimentos salgados do fundo do Mar Morto, dissolvendo o sal e liberando uma solução salobra. À medida que a salmoura se cristaliza, as chaminés se formam e podem crescer rapidamente, chegando a aumentar vários centímetros em um único dia.
O estudo, publicado na Science of the Total Environment, sugere que essas chaminés recém-criadas podem oferecer um indicativo precoce das áreas propensas à formação de sumidouros, um fenômeno cada vez mais frequente e perigoso na região.