Durante passeio nas terras selvagens do Mississippi, um caçador de fósseis amador se deparou com uma enorme presa de mamute com 270 quilos
Publicado em 14/08/2024, às 10h31
Durante uma caminhada na zona rural do Condado de Madison, no Mississippi, o caçador de fósseis amador Eddie Templeton se deparou com uma descoberta impressionante. Ele tropeçou em uma enorme presa de mamute bem preservada, saindo de um penhasco íngreme ao longo de um riacho, com surpreendentes 2 metros de comprimento e 270 quilos.
A descoberta chama atenção da comunidade paleontológica da região, pois consiste no primeiro fóssil de mamute conhecido já desenterrado na região. Segundo os pesquisadores, a presa pertencia a um mamute colombiano (Mammuthus columbi), conforme descrito em declaração do Mississippi Department of Environmental Quality (MDEQ).
Quando descobri que era um mamute e não um mastodonte, fiquei ainda mais animado. Nunca encontrei nenhuma parte de um mamute. Sempre tive esperança de encontrar uma parte de um mamute, mas isso é muito raro aqui", disse Templeton ao jornal local The Clarion-Ledger.
A descoberta, explica o geólogo James Starnes, do MDEQ, também ao The Clarion-Ledger, é rara pois presas geralmente "não se preservam bem na área", além de que se trata de um exemplar realmente grande. "Isso não é algo que você vê todo dia. Era um animal muito, muito grande".
Por todo o Mississippi, embora não seja comum encontrar fósseis de mamutes, podem ser encontrados restos dos antigos mastodontes americanos (Mammut americanum). Os mastodontes, de maneira geral, tinham estrutura corporal menor, mas eram mais fortes que os mamutes, além de ossos mais grossos e presas em formato diferente.
A ocorrência de mastodontes na região se deve ao fato de que estes animais se alimentavam de uma variedade maior de plantas, possibilitando que vivessem em ambientes mais diferentes. Os mamutes, por sua vez, eram mais exigentes e pastavam em regiões abertas.
Os mamutes colombianos, porém, são um exemplo das criaturas maiores que cruzaram o Estreito de Bering há cerca de 1,5 milhões de anos, segundo o National Park Service (NPS), vindo da atual Rússia até a América do Norte. Esses animais podiam medir até 4,5 metros de altura no ombro, e pesar até 10 toneladas.
Hoje, é conhecido pela comunidade científica que as mudanças climáticas e perda de habitats, combinado com a caça humana, levou os mamutes à extinção. Os mamutes colombianos, como o animal da descoberta recente, morreram entre 13 mil e 11 mil anos atrás, segundo o Live Science; já os mamutes lanosos, os últimos a se extinguirem, permaneceram como espécie por mais 6 mil anos.