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Notícias / Mamute-lanoso

Através de DNA bem preservado, cientistas dão passo para 'ressuscitar' mamute-lanoso

Cientistas conseguem recriar genoma de mamute-lanoso de 52.000 anos, encontrado no nordeste da Sibéria em 2018, e dão passo para desextinção do animal

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
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Publicado em 06/08/2024, às 11h53

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Ilustração com mamutes-lanosos - Imagem por Mauricio Antón pelo Wikimedia Commons
Ilustração com mamutes-lanosos - Imagem por Mauricio Antón pelo Wikimedia Commons

Usando fragmentos de DNA fóssil, cientistas conseguiram recriar o genoma de um mamute-lanoso de 52 mil anos. O avanço deixa os pesquisadores cada vez mais próximos de ressuscitarem o animal gigante

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Conforme esclarece estudo publicado na revista Cell, a equipe de cientistas conseguiu reconstruir as estruturas 3D dos cromossomos do mamute-lanoso — a estrutura no núcleo da célula na qual o DNA e as proteínas são organizados em genes. 

Segundo repercute o The Independent, o avanço, por si só, já é considerado um passo importante, visto que a maioria dos genomas descobertos de espécimes antigas consistem apenas em pequenos fragmentos de DNA embaralhados.

O estudo ainda aponta que o genoma do mamute fóssil de 52.000 anos só pôde ser reconstruído com tantos detalhes porque o animal foi submetido à liofilização logo após morrer — o que preservou seu DNA em um estado semelhante ao vidro.

Revivendo o mamute-lanoso

Para chegar aos resultados divulgados, os pesquisadores testaram dezenas de amostras de DNA do mamute ao longo de cinco anos para reconstruir o genoma do animal gigante, antes de finalmente chegarem à amostra excepcionalmente bem preservada do fóssil que foi encontrado no nordeste da Sibéria em 2018 — notável por manter grande parte da integridade física do cromossomo, incluindo proteínas em contato com os genes que eles controlam, disseram os pesquisadores.

Esses resultados têm consequências óbvias para os esforços contemporâneos que visam à desextinção do mamute-lanoso", disse M. Thomas Gilbert, um dos autores do estudo, ao The Independent. 

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Os pesquisadores esperam que os métodos usados ​​no estudo mais recente possam ser usados ​​para analisar outros espécimes de DNA antigos, incluindo os de múmias egípcias, para revelar sua aparência e estilo de vida.