Episódio reacende debate a respeito da figura dos bandeirantes; entenda!
Quem passou pela Praça Augusto Tortorelo de Araújo, localizada em Santo Amaro, São Paulo, se deparou com a estátua do bandeirante Borba Gato ardendo em chamas neste sábado, 24.
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Conforme repercutido pelos portais de notícias Catraca Livre, UOL e Folha de SP, o incêndio teria sido um ato do grupo Revolução Periférica. Ao redor da estátua, constava uma faixa com o nome do grupo.
Através do perfil oficial no Instagram, aqueles que fazem parte do grupo publicaram um vídeo onde é mostrado membros colando papéis em postes com a seguinte pergunta: ‘Você sabe quem foi Borba Gato?’.
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Já hoje, o grupo divulgou registros onde são mostradas pessoas inserindo pneus ao redor da estátua. Em seguida, o monumento em homenagem ao bandeirante começa a ser consumido pelo fogo. 'FOGO NOS RACISTAS na práxis', diz a publicação que mostra o incêndio.
Vale destacar que não é a primeira vez que o monumento em homenagem a figura é alvo de tentativa de destruição. Em 2016, a estátua recebeu um ‘banho’ de tinta. O episódio é mais um a respeito do debate em torno de estátuas que homenageiam figuras históricas controversas.
Conforme relatado na obra ‘Vida e Morte do Bandeirante’, escrita no ano de 1929 por Alcântara Machado, Borba Gato englobou o grupo de homens que exploravam o interior do Brasil.
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Durante esses episódios, acabavam não só realizando a captura, mas também escravizando indígenas e negros. Em determinados momentos de confrontos, essas pessoas acabavam sendo mortas.
Também é relatado que os bandeirantes não só violaram sexualmente mulheres indígenas, como também as traficavam. Além disso, minas localizadas ao redor das moradias indígenas, que contavam com metais, foram roubadas.