Opositor do atual governo, Mikhail Saakashvili encontra-se preso desde o início de outubro
Na última sexta-feira, 19, autoridades da Geórgia decidiram transferir o ex-presidente Mikhail Saakashvili, em greve de fome há 50 dias, para um hospital militar, após recomendação de médicos que temem por sua vida.
No dia 11 de novembro, o prisioneiro chegou a afirmar que encerraria a greve caso fosse enviado a uma clínica de alta tecnologia para tratar de sua saúde.
Ontem, 19, milhares de pessoas saíram às ruas da capital, Tbilisi, para exigir tratamento médico adequado ao político que governou o país entre 2004 e 2013 e que foi detido ao voltar ao território depois de oitos anos de exílio.
Em declaração à AFP, o profissional de saúde que examinou Saakashvili, Dr. GuiorguiGrigolia, afirmou que a vida do ex-presidente está ameaçada e que ele deveria "ser transferido sem demora para uma clínica civil", em razão de problemas cardíacos e neurológicos.
Segundo ele, esses males "podem se tornar irreversíveis, e até fatais, sem cuidados adaptados, impossíveis de serem prestados no estabelecimento médico onde está localizado". No entanto, as autoridades decidiram mandar o prisioneiro para um hospital militar localizado na cidade de Gori, a cerca de 90 km de Tbilisi.
O ministro da Justiça, Rati Bregadzé, justificou a escolha afirmando que o hospital militar de Gori "é um lugar onde o Estado pode garantir sua saúde e segurança".