Segundo Musk, SEO do Twitter, a imprensa agora se tornou “racista contra brancos e não asiáticos”
Desde o último domingo, 26, o bilionário Elon Musk vem sendo alvo de críticas por apoiar o cartunista Scott Adams, criador do desenho Dilbert, popular por circular em grandes jornais dos Estados Unidos.
Adams, por sua vez, vem sendo criticado por defender comentários de cunho racista em um vídeo no YouTube divulgado na última semana. Na ocasião, o cartunista disse que os americanos negros fazem parte de um “grupo de ódio”. Por isso, os brancos — assim como ele — deveriam viver longe deles.
Segundo Elon Musk, a imprensa, que antes era racista contra não-branco, agora se tornou "racista contra brancos e não asiáticos". Segundo repercutido pelo G1, o CEO do Twitter também disse que "faculdades e escolas de ensino médio de elite na América" também são racistas.
For a *very* long time, US media was racist against non-white people, now they’re racist against whites & Asians.
— Elon Musk (@elonmusk) February 26, 2023
Same thing happened with elite colleges & high schools in America.
Maybe they can try not being racist.
Por conta de toda a repercussão que tiveram os comentários de Adams, diversos veículos norte-americanos, como o The Washington Post e o Los Angeles Times informaram que deixarão de publicar os quadrinhos sobre Dilbert.
Criado nos anos 1980, os quadrinhos sobre Dilbert se tornaram populares nos jornais norte-americanos em 1989. A narrativa conta a história de um funcionário de escritório que tem um cachorro falante. A narrativa satiriza os modismos da cultura corporativa.
Devido aos comentários de Adams, a Andrews McMeel Universal, distribuidora de Dilbert, também rompeu ligações com o cartunista. A empresa disse valorizar a liberdade de expressão, mas afirmou que "nunca apoiará nenhum comentário baseado em discriminação ou ódio".
O The Wall Street Journal também apontou que o novo livro de Dilbert (‘Reframe Your Brain’, ou ‘Reformule seu cérebro’, em tradução livre), planejado para ser publicado em setembro, não terá seu projeto continuado pela Penguin Random House.
Por conta dos cortes, Scott Adams afirmou que sua carreira está arruinada e que a maior parte de sua fonte de renda sumirá nos próximos dias.
A polêmica em torno do cartunista começou após Adams ‘responder’ uma pesquisa feita pela Rasmussen Reports, que convidou os entrevistados a dizerem se concordam ou não com a frase “Tudo bem ser branco” — que embora possa ter surgido de uma brincadeira, é usada nos últimos anos por supremacistas brancos, apontou o G1.
Segundo os dados obtidos pela empresa, 53% dos entrevistados negros não viram problemas na fala; enquanto 26% discordaram. O restante não quis se manifestar. Scott Adams, por sua vez criticou aqueles que discordaram da frase. O cartunista chamou a parcela de “grupo de ódio”.
Eu diria que, com base no modo como as coisas estão indo, o melhor conselho que daria aos brancos é ficar longe dos negros", disse Adams, "porque não há como consertar isso".