Elize Matsunaga: Documento de antecedentes criminais tinha três adulterações

Na última terça-feira, 28, a Polícia Civil confirmou três adulterações no atestado de antecedentes criminais usado por Elize Matsunaga. A manipulação serviu para que ela pudesse trabalhar em Sorocaba (SP).

As mudanças estavam presentes na assinatura digital alfanumérica, no nome da pessoa a quem o documento pertencia — que não possuía antecedentes — e também no QR Code. “Ela pegou o atestado de um colega dela, da empresa, sobrepôs o nome dele aqui em cima”, apontou o delegado Acácio Leite ao G1. 

Deu uma borradinha aqui, no QR Code. E suprimiu dois números do alfanumérico”, continuou. 

“Nesses documentos que nós apreendemos, enviados para a perícia, foi feita a comprovação com material óptico adequado. A perícia nos ofertou um laudo dizendo que o atestado apresentado por ela realmente é falso. Até certo ponto, é uma cópia mal feita do verdadeiro. Para nós, a partir desse momento, está caracterizado o uso de documento falso”, explicou Leite. 

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Elize também optou por se afastar do sobrenome de casada, Matsunaga, e usar seu nome de solteira: Elize Araújo Giacomini. 

Investigação

Desta forma, aponta o G1, Elize está sob investigação pela Polícia Civil por uso de documento de terceiros para limpar sua ficha criminal. "Ela é uma pessoa nacionalmente conhecida. O nome dela gera um conhecimento, um impacto. Ela usou desse artifício, sim, para tentar burlar a fiscalização, para burlar o controle de acesso desse condomínio", disse o delegado em coletiva de imprensa. 

A defesa de Matsunaga, porém, nega que a adulteração tenha sido feita por Elize e aponta que foi a própria empresa onde ela trabalha que alterou seus documentos. 

Elize Matsunaga, que cumpre liberdade condicional desde maio do ano passado, acabou sendo detida na última segunda-feira, 27, em Sorocaba. Importante ressaltar que a polícia apontou que o crime de uso de documentos falsos não é cabível de prisão, mas um juiz de Execuções irá decidir o que acontecerá com Elize.