A remoção foi motivada pela preocupação de que os direitos humanos dos indivíduos que haviam participado dos estudos teria sido violados
Recentemente, uma revisão de mais de dois anos realizada pela editora de uma revista de genética foi concluída com a retirada de 18 artigos científicos escritos por cientistas chineses.
Em todas essas pesquisas, haviam sido coletadas amostras de DNA de populações da China que existem em situação de vulnerabilidade, portanto sendo sujeitas à exploração, segundo repercutiu o The Guardian.
Outro detalhe de relevância é que os pesquisadores responsáveis pelos artigos científicos pertenciam a órgãos de segurança pública do país. A preocupação da editora, portanto, é que essas pessoas podem não ter tido condições de consentir de livre e espontânea vontade aos experimentos — o que seria uma violação de direitos humanos.
Em uma pesquisa específica que estudava o DNA dos moradores de Lhasa, a capital da região do Tibete, por exemplo, a iniciativa inicialmente havia sido aprovada pelo comitê de ética da Universidade Fudan.
Contudo, na última segunda-feira, 12, a instituição de ensino publicou uma nota retratando essa aprovação: segundo o comunicado, uma revisão do trabalho "revelou inconsistências entre a documentação de consentimento e a pesquisa relatada; a documentação não era suficientemente detalhada para resolver as preocupações levantadas".