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Notícias / Música

Ed Motta critica “pessoal do rock”: ‘Misóginos, burros e de direita’

Fala foi criticada por expoentes do gênero: “O Rock sempre foi o estilo porta voz de vários movimentos sociais”

Fabio Previdelli Publicado em 07/03/2022, às 15h05

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O cantor Ed Motta - Divulgação/ Redes Sociais
O cantor Ed Motta - Divulgação/ Redes Sociais

O cantor Ed Motta vem causando um alvoroço nas redes sociais. Primeiro, o sobrinho de Tim Maia gerou uma enorme polêmica após criticar Raul Seixas, a quem acusou de prejudicar outros músicos e de ter “uma falta de caráter terrível”. 

Agora, Ed chamou a atenção não por falar de uma pessoa específica, mas por se referir contra o “pessoal do rock”. A fala foi compartilhada pelo baixista do Angra, Felipe Andreoli, em suas redes sociais. 

O pessoal de Rock é de direita, misógino, burro e tocador de pentatônica. Puta que pariu! Um bando de idiota, tá? Porra!”, disse Motta

Ao seu público, Andreoli perguntou o que eles acharam da fala do músico, pedindo para seus fãs deixarem “recados carinhosos” para Ed. Em tom de ironia, o baixista ainda colocou a hashtag ‘#SeBeberNãoPoste’ em seu post. 

Na publicação, diversas pessoas se manifestaram contra a fala preconceituosa, conforme aponta o site Tenho Mais Discos Que Amigos. Um deles foi o guitarrista Marcelo Barbosa: “Velho… Ele só pode estar querendo aparecer… (ou ficou maluco). Não é possível que ele realmente pense isso”.

Um dos comentários que mais chamaram a atenção foi o de PJ, baixista do Jota Quest. “O Rock está em todos os lugares e é de longe o estilo musical mais inclusivo de todos, sempre foi aberto a todos na sua essência. Freddie Mercury, Cássia Eller e Janis [Joplin] só para citar alguns. O Rock sempre foi o estilo porta voz de vários movimentos sociais, a canção ‘Hurricane’ do [Bob] Dylan é um marco contra o racismo, a obra ‘The Wall’ do Roger Waters é uma severa crítica aos rígidos padrões da sociedade capitalista, ‘Beds Are Burning’ do Midnight Oil e ‘Oxigênio’ da minha banda abordam o tema do ambientalismo, ‘I Want to Break Free’ do Queen sobre a emancipação dos direitos das mulheres e por aí vai! Ficaria aqui até amanhã citando exemplos”. 

“Quanto ao tipo de escala usada, harmonia ou técnica para se expressar, isto pouco importa na música. Vamos apelar para o clichê ‘o menos é mais’…. na verdade o feeling, o coração e a mensagem/poesia da letra sempre falam mais alto que técnica e virtuosismo. Vamos entender mais o Rock na sua origem? Porque se não fosse ele o mundo estaria muito, mas muito pior! Não vou falar nem da inclusão social, racial e religiosa que o Rock sempre promoveu. Enfim, não é em todos os estilos de música que você encontra tanta diversidade assim”, completou.