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Notícias / Arqueologia

Durante passeio com cachorro, francês encontra fóssil de titanossauro

Após a descoberta acidental, escavações na floresta francesa de Montouliers revelaram uma ossada do final do período Cretáceo

Redação Publicado em 04/03/2024, às 16h50 - Atualizado em 05/03/2024, às 19h35

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Muffin e o esqueleto encontrado por Damien Boschetto, respectivamente - Divulgação/Damien Boschetto
Muffin e o esqueleto encontrado por Damien Boschetto, respectivamente - Divulgação/Damien Boschetto

Durante um passeio com seu cachorro em uma floresta de Montouliers, no sul da França, um homem se deparou com os ossos de um titanossauro, uma das maiores criaturas que já habitou a Terra há cerca de 70 milhões de anos.

A descoberta, realizada em 2022 por Damien Boschetto foi mantida em sigilo por dois anos para preservar o sítio arqueológico onde o esqueleto foi encontrado, conforme repercutido pela revista Galileu, via The Washington Post.

Esta não é minha primeira tentativa. Já descobri muitos ossos de dinossauros, mas é claro que é sempre uma emoção descobrir novos ossos.”, afirmou Boschetto em um e-mail ao jornal americano.

Certo dia, o dono resolveu levar seu cachorro, Muffin, para um passeio pela floresta em Montouliers, localizada a poucos quilômetros de sua casa em Cruzy. Enquanto o cãozinho farejava e explorava a trilha, Boschetto permaneceu atento a possíveis fósseis, seu passatempo favorito desde que estudou paleontologia na universidade. 

Em pouco tempo, ele avistou um osso de titanossauro emergindo de um penhasco erodido, graças a um recente deslizamento de terra. Após uma análise do esqueleto, especialistas apontaram que ele estava 70% completo, com a maioria dos ossos ainda ligados, desde a nuca até a cauda. 

Raridade

É importante ressaltar que a presença de fósseis de titanossauros é algo incomum na Europa, tornando a descoberta ainda mais especial. Pesquisadores acreditam que tenham existido mais de 30 tipos diferentes de animais dessa espécie, caracterizada por seu pescoço longo. 

Esse titanossauro, que é um primo do brontossauro, tinha cerca de 8 a 9 metros de comprimento. Houve grandes inundações, ele ficou preso em uma barreira de arenito e permaneceu lá", explicou o especialista Francis Fage, idealizador do museu Cruzy, na França, onde o esqueleto ficará exposto.

O time de escavação continua em busca do crânio e de um fêmur do titanossauro. Com base na análise do nível de sedimentação no local onde o esqueleto foi descoberto, é possível que o dinossauro tenha vivido no final do período Cretáceo, entre 145 milhões e 66 milhões de anos atrás.