Exercício é uma resposta da Coreia do Norte às manobras militares conjuntas dos Estados Unidos e Coreia do Sul
Quatro mísseis de cruzeiro foram testados pela Coreia do Norte, que os lançou durante um exercício em que o país demonstrava sua capacidade de contra-ataque nuclear, como informado pela mídia estatal nesta sexta-feira, 24.
O exercício foi realizado na quinta-feira, 23, e o país, como afirmado pela KCNA, agência de notícias estatal, disparou quatro mísseis Hwasal-2 da cidade de Kim Chaek, na província de Hamgyong do Norte, em direção ao mar do Japão.
Depois de percorrerem 2.000 km por pouco mais de 10 segundos, os projéteis atingiram o alvo, como explica o relatório. Isso demonstrou "a posição militar das forças de combate nuclear norte-coreanas, reforçando de todas as formas sua capacidade mortal de contra-ataque contra forças hostis", como afirmou o regime.
Esses exercícios são uma resposta às manobras militares conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul anualmente. De acordo com o regime, eles "podem ser considerados uma declaração de guerra".
O Japão e a Coreia do Sul — que costumam ser os primeiros países a relatar publicamente os exercícios militares da ditadura — não divulgaram os lançamentos. Além disso, o ministério da Defesa sul-coreano indicou que os dados detectados por seus serviços de vigilância e pelas forças dos Estados Unidos diferem daqueles anunciados pela cidade norte-coreana, Pyongyang.
Um possível teste nuclear — primeiro desde 2017 — é temido em decorrência do aumento do número dos exercícios militares. Tanto a Coreia do Sul quanto os Estados Unidos participarão em uma simulação no Pentágono sobre como responder a um eventual ataque nuclear de Pyongyang, como informado pela Folha de São Paulo.
Os exercícios miliares anuais dos Estados Unidos e Coreia do Sul são tentativa de afastar as crescentes ameaças da ditadura da Coreia do Norte. Ativos militares americanos voltaram a ser mobilizados em Seul, mesmo que na região não tenham armas nucleares.