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Notícias / Ataque a tiros

Durante entrevista ao vivo na TV indiana, político e irmão são mortos a tiros

Além das vítimas fatais, um policial e um jornalista ficaram feridos no local

Redação Publicado em 16/04/2023, às 10h27

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Ashraf e Atiq Ahmed - Reprodução/Vídeo
Ashraf e Atiq Ahmed - Reprodução/Vídeo

Durante uma conversa com repórteres na noite do último sábado, 15, Atiq Ahmed, que estava sob escolta policial, foi morto a tiros após ter uma arma apontada para perto de sua cabeça. O ocorrido aconteceu em Prayagraj, cidade indiana conhecida também por Allahabad. Seu irmão, que estava no local, também morreu. 

Na ocasião, conforme apurou a BBC News, após o ataque, os homens que estavam no programa e se apresentaram como jornalistas se renderam, e em seguida foram presos. Alguns dias antes, o filho de Atiq foi morto pela polícia a tiros

Nas duas últimas décadas, casos que incluem sequestro, assassinato e extorsão foram registrados contra Ahmed. Além disso, ele, junto com outros dois, foram condenados pelo tribunal local à prisão perpétua no último mês por um caso de sequestro. 

Segundos antes da tragédia, um vídeo mostrava Ahmed e Ashraf, seu irmão, algemados enquanto conversavam com os jornalistas presentes. Eles estavam a caminho de um check-up médico em um hospital. Ainda, nas gravações, Atiq é questionado se ele havia comparecido no funeral de seu filho, e, olhando para a câmera, ele proferiu suas últimas palavras: "Eles não nos levaram, então não fomos."

Os supostos assaltantes deixaram um policial e um jornalista ferido no local. Ainda, de acordo com a polícia, eles chegaram ao local em motocicletas

Depois do caso, Yogi Adityanath, ministro-chefe, proibiu grandes reuniões nos distritos do estado de Uttar Pradesh com intuito de garantir a paz, e ainda ordenou uma investigação judicial acerca do crime. 

Atiq Ahmed

Uma das vítimas, Atiq Ahmed, teve passagem na política e no mundo do crime, tendo uma acusação de assassinato pela primeira vez no ano de 1979. Após isso, nos dez anos que sucederam, ele se tornou uma pessoa influente na parte ocidental da cidade de Allahabad.

Entre algumas de suas conquistas na carreira política, ele foi deputado estadual em 1989 e deputado federal em 2004.  Em março, a Suprema Corte da Índia não quis ouvir a petição de Ahmed onde ele dizia que havia ameaças contra a sua vida por parte da polícia.