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Notícias / Música clássica

Como o cabelo de Beethoven auxiliou a entender mistério da morte do compositor

Fios de Beethoven passaram por sequenciamento genético e revelaram que ele provavelmente não morreu de envenenamento

Redação Publicado em 22/03/2023, às 15h24 - Atualizado em 18/04/2023, às 16h08

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Pedaço de retrato de Ludwig van Beethoven em 1820, pelo pintor Joseph Karl Stieler - Pintura de Joseph Karl Stieler/Creative Commons
Pedaço de retrato de Ludwig van Beethoven em 1820, pelo pintor Joseph Karl Stieler - Pintura de Joseph Karl Stieler/Creative Commons

O cabelo preservado do grande compositor de música clássica Ludwig van Beethoven foi analisado e revelou que o artista tinha um alto risco genético de desenvolver algum tipo de doença no fígado, que pode ter resultado em sua morte.

A análise genética do ilustre compositor abriu novas possibilidades para o entendimento de sua morte. Até pouco tempo atrás, a hipótese mais comum era a de um envenenamento por chumbo, que seu médico supostamente administrava a ele em um tratamento. Porém, os dados do genoma do músico não ajudaram a explicar um dos maiores enigmas de Beethoven, o porquê de ele ter perdido a audição.

O biólogo Tristan Begg e seus colegas da Universidade de Cambridge analisaram o DNA de oito cachos de cabelo que eram supostamente do compositor germânico, para tentar entender melhor os problemas de saúde dele.

Desses oito, cinco foram autenticados como realmente de Beethoven e usados na pesquisa. Na era vitoriana, segundo o site NewScientist, pedaços de cabelo eram um tipo de "souvenir" comum.

DNA musical

Beethoven nasceu em 1770 e morreu em 1827, aos 56 anos. Ele foi um compositor essencial do período de transição entre o classicismo e o romantismo na música erudita. Ele começou a perder sua audição depois de seus vinte e poucos anos, e teve sérios problemas gastrointestinais no fim de sua vida.

Na época de sua morte, um exame de necrópsia havia identificado que o compositor tinha um sério dano hepático, ou seja, um problema no fígado. Agora, com a revelação dos segredos do DNA do músico, isso só ficou mais claro. Segundo Tristan Begg, o alto consumo de álcool de Beethoven só piorou o risco que ele tinha de cirrose hepática, que possivelmente foi a causa de sua morte, segundo o novo estudo.

Em um dos cachos de cabelo, o mais bem preservado, então provavelmente retirado próximo ao fim da vida de Beethoven, também mostrou que ele tinha uma infecção de hepatite B, que também causa danos ao fígado.

O estudo anterior, que havia chegado à conclusão de que o compositor havia morrido de envenenamento por chumbo, foi desmentido, já que descobriram que o cabelo usado na análise era de uma mulher, e não de Beethoven.