Roberto Fernandes não disponibilizou dados biométricos no país norte-americano, dificultando a investigação até chegar no Brasil
Um exame de DNA obtido com uma impressão digital e amostras de material genético de cenas de crimes entre 2000 e 2001 possibilitou a descoberta do autor de três assassinatos nos EUA; o brasileiro Roberto Fernandes, morto em 2005 durante acidente de avião, foi responsável por matar três mulheres estadunidenses durante seu o período em que esteve no norte-americano.
O homem chegou a ser relacionado como suspeito do crime, mas, fugiu para o Brasil em 2001 quando o corpo da terceira vítima foi encontrado pelas autoridades. Sem tratado de extradição, a polícia não conseguiu interrogá-lo, além de não ter registros genéticos ou biométricos no país que fossem compatíveis com o do cidadão brasileiro, como informou o portal UOL.
Em decisão recente, a justiça americana conseguiu uma autorização brasileira para realizar a exumação do suspeito, que faleceu em 2005 no Paraguai em um acidente aéreo, tendo o corpo trazido e enterrado no Brasil.
Com a análise, foi possível concluir que o homem matou Kimberly Dietz-Livesey, Sia Demas e Jessica Good, três jovens norte-americanas envolvidas com drogas e prostituição, como informa a Folha.
As duas primeiras citadas tiveram os corpos encontrados em malas entre junho e agosto de 2000, já Jessica foi esfaqueada e atirada em um rio, 12 meses depois do segundo caso. No Brasil, ele chegou a ser julgado pelo assassinato da esposa durante a década de 1990, mas, foi absolvido no ano em que retornou dos EUA, após o juiz acatar a alegação de legítima defesa.