Raro distintivo medieval foi encontrado na vila de Wólka Nieliska, no condado de Zamość, na Polônia, e serviria para a proteção contra os males de uma viagem
Éric Moreira Publicado em 05/03/2024, às 12h59
Recentemente, arqueólogos poloneses descobriram na vila de Wólka Nieliska, localizada no condado de Zamość, um antigo distintivo medieval representando um "dragão basilisco". O objeto, por sua vez, teria pertencido a algum peregrino, e serviria para protegê-lo contra todos os tipos de males de uma viagem.
A insígnia do distintivo, também chamada de "sinal do peregrino", é um pingente feito de uma liga de chumbo e estranho e possui formato circular com 2,8 cm de diâmetro. Nele, está representado um basilisco, um réptil representado em uma série de lendas e culturas que é referido como um rei serpente.
Conforme contam as antigas lendas, o basilisco teria nascido do ovo de uma serpente ou de um sapo que foi chocado por um galo, sendo terrivelmente poderoso e perigoso, podendo levar à morte qualquer um que lhe olhasse nos olhos. Representações medievais por vezes os colocavam com características de galos e, por vezes, poderiam até mesmo cuspir fogo como um dragão.
Representa um dragão 'basilisco' encerrado num círculo. Tais distintivos serviam como uma espécie de talismã, destinado a garantir o sucesso do usuário nas viagens e a protegê-lo contra todos os tipos de males, ou seja, assaltos, roubos, doenças e outros acidentes aleatórios", descreve Ministério da Ciência e Ensino Superior da Polônia.
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Segundo o Heritage Daily, descobertas do tipo são incrivelmente raras na Polônia, sendo mais comum na Europa Ocidental. Vale mencionar que distintivos de peregrinos podem ser encontrados em diversas formas e tamanhos, representando desde imagens de santos e cavaleiros, até estatuetas zoomórficas e formas e figuras de animais ou humanos.
Alguns dos exemplares mais antigos conhecidos datam do século 11, sendo relacionados ao Caminho de Santiago, uma rede de peregrinação que levava ao santuário do apóstolo Tiago na catedral de Santiago de Compostela, em Galiza, no noroeste de onde hoje é a Espanha.
