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Notícias / Disney

Disney tenta anular processo por morte usando termos do seu serviço de streaming

Disney tenta bloquear ação judicial após morte por alergia em seu parque; entenda a polêmica em questão e relato da defesa

Redação Publicado em 14/08/2024, às 16h18 - Atualizado às 16h19

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Foto do Walt Disney Resort - Getty Images
Foto do Walt Disney Resort - Getty Images

Uma tragédia envolvendo uma crise alérgica fatal em um dos parques temáticos da Disney levou a multinacional a tentar anular um processo judicial, alegando que os termos de uso do seu serviço de streaming, Disney+, impedem ações legais nos tribunais.

Em outubro de 2023, a médica Kanokporn Tangsuan, de 42 anos, faleceu após sofrer uma crise alérgica ao consumir laticínios e nozes em um restaurante do Walt Disney Resort, na Flórida. Segundo Jeffrey Piccolo, marido da vítima, o casal havia informado aos atendentes do restaurante sobre as severas alergias alimentares de Kanokporn no momento do pedido.

A ação judicial

Jeffrey Piccolo processou a Disney, alegando que a morte de sua esposa era "completamente evitável". No processo, o advogado do casal destaca que "confiaram na Disney para seguir os protocolos adequados e cumprir suas repetidas promessas de servir alimentos livres de alérgenos". Piccolo agora solicita uma indenização superior a 50 mil dólares (cerca de R$ 273 mil), incluindo custos funerários.

A empresa argumenta que o processo não pode prosseguir na justiça devido aos termos de compromisso do Disney+. De acordo com a com companhia, ao assinar o serviço de streaming por um mês em 2019, o casal aceitou que quaisquer disputas judiciais deveriam ser resolvidas fora dos tribunais.

O que dizem os advogados

Os advogados do marido classificam o argumento da Disney como "absurdo". Eles afirmam, conforme repercutido pelo UOL, que "a noção de que os termos acordados por um consumidor ao criar uma conta de teste gratuita da Disney impediriam para sempre o direito desse consumidor a um julgamento por júri em qualquer disputa com qualquer afiliada ou subsidiária da Disney é tão absurdamente irracional e injusta a ponto de chocar a consciência judicial, e este tribunal não deve impor tal acordo".