Segundo o aclamado cineasta James Cameron, ele foi rejeitado após se oferecer para participar da busca pelo submersível Titan
James Cameron, o renomado diretor de “Titanic” (1997), revelou que se ofereceu para auxiliar nas investigações do desaparecimento do submersível Titan, ocorrido em junho de 2023. O submersível da OceanGate Expeditions tinha como objetivo explorar os destroços do Titanic, o famoso navio que naufragou em 1912 após colidir com um iceberg.
Conforme repercutido pelo UOL, Cameron, responsável pelo aclamado filme sobre o naufrágio do Titanic, também se tornou um especialista no assunto, liderando 33 expedições ao local entre 1995 e 2005.
Durante uma entrevista concedida à versão australiana do programa de televisão '60 Minutes', o diretor também criticou o modo como as autoridades norte-americanas conduziram as investigações.
Eles deviam me convidar, mas não me chamaram. Para que ouvir um cientista? Acho que eles querem fazer as coisas do jeito deles. Estão envergonhados e não querem opiniões de fora. Essa é apenas a minha interpretação", afirmou o cineasta.
James também opinou sobre o que ele acredita ter acontecido com o Titan: “Esses caras quebraram as regras. Simples assim. Eles não deveriam ter recebido permissão legal para carregar passageiros”.
Na ocasião do ocorrido, o submersível transportava cinco pessoas: os turistas Hamish Harding e Shahzada Dawood, acompanhado por seu filho Sulaiman Dawood; o comandante da Marinha francesa, Paul-Henry Nargeolet; e o presidente da OceanGate, Stockton Rush. Os destroços da embarcação foram localizados no dia 22 de junho, após uma extensa busca realizada pela Guarda Costeira dos Estados Unidos.
Meu queixo foi caindo cada vez mais conforme os dias foram passando e eles não alertaram a todos. Todo mundo correndo como se estivessem com o cabelo em chamas enquanto já sabíamos exatamente onde o submersível estava. Mas ninguém podia admitir que eles não tinham os meios para descer e conferir”, afirmou Cameron.
Além disso, para o cineasta, a Guarda Costeira omitiu informações do público: “Eles passaram por toda a superfície falando sobre as 96 horas de oxigênio restantes. Todos sabíamos que eles estavam mortos. Não acho que tenham mentido, mas seguiram um procedimento torturante para as famílias das vítimas”.