Promoção de evento faz trocadilho como nome de movimento supremacista branco: “Cuscuz Clã”
Após as manifestações públicas a favor do presidente Jair Bolsonaro no último dia 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o ato mais parecia uma reunião da Ku Klux Klan — movimento supremacista branco com origem nos Estados Unidos.
Foi uma coisa muito engraçada, que o ato do Bolsonaro parecia uma reunião da Ku Klux Klan. Só faltou o capuz. Porque não tinha negro, não tinha pardo, não tinha pobre, não tinha trabalhador", disse o petista.
Ironizando a situação, o deputado bolsonarista General Girão promoveu um evento em Natal (RN), que contaria com a presença do presidente e da primeira-dama Michelle Bolsonaro, fazendo um trocadilho com o nome do grupo: “Cuscuz clã”.
A assessoria de Girão disse à Folha de São Paulo que a promoção do encontro foi feito em tom de brincadeira, visto que o povo nordestino é "brincalhão demais".
Entretanto, nas redes sociais, a página no Twitter “Judeus pela Democracia” repudiou a referência usada: “Deboche da dor alheia é uma das táticas mais abjetas do fascismo.”
“O bolsonarismo debocha, tripudia do sofrimento do oprimido. Debocha da violência contra a mulher, da covid, do massacre contra populações minoritárias do presente e do passado. São pequenos, nojentos, desumanos”, completaram no post.
Deboche da dor alheia é uma das táticas mais abjetas do fascismo.
— Judeus pela Democracia - Oficial (@jpdoficial1) September 16, 2022
O bolsonarismo debocha, tripudia do sofrimento do oprimido. Debocha da violência contra a mulher, da covid, do massacre contra populações minoritárias do presente e do passado.
São pequenos, nojentos, desumanos. pic.twitter.com/jadebRpaKH