Pesquisa foi a primeira a investigar detalhadamente os esqueletos, e os eventos terríveis que resultaram na tragédia
Em um estudo publicado nessa quinta-feira, 1, no jornal Antiquity, cientistas esclareceram o passado dos esqueletos lesionados e queimados encontrados em um sítio arqueológico ao norte da Espanha. As informações foram divulgadas pelo Live Science.
O local teria sido uma cidade próspera no período entre os séculos 15 e 3 a.C, nomeada de La Hoya, que, contudo, teve um fim repentino por conta de um massacre.
Os esqueletos, antes carbonizados, de seus antigos moradores foram encontrados não em túmulos, mas espalhados pelas ruas e construções pré-históricas, com lesões que demonstravam grande violência, sugerindo que seus agressores teriam realizado o ataque e então abandonado La Hoya.
Entre os achados, estão um homem adulto que foi decapitado, outro que foi apunhalado por trás e uma adolescente teve braços amputados, por exemplo. Um de seus braços, inclusive, inclusive foi encontrado próximo dela, ainda com as pulseiras que a jovem devia estar usando quando foi morta.
Além dos restos mortais, também foram encontrados sinais de que os habitantes tinham tido uma interrupção inesperada em sua rotina: seus pertences estavam ainda dispostos pelos interiores das construções.
Também foram reveladas embarcações lotadas com cereais que teriam sido então recém-colhidos, reforçando a interpretação de que os habitantes da cidade não sabiam a respeito do ataque, tendo sido pegos despreparados.
Segundo os autores do estudo, La Hoya não foi saqueada: diversos itens valiosos foram deixados para trás, de forma que o massacre não teria sido motivado por ganhos econômicos.
Em vez disso, a teoria oferecida foi de que a cidade era muito influente politicamente, e o ataque teria criado um “vácuo de poder ou consolidado a posição de uma comunidade rival”, segundo descrito pelos cientistas.