Segundo pesquisadores, a alta dos casos pode sobrecarregar hospitais
Segundo um estudo preliminar da Universidade de Edimburgo, na Escócia, menos pessoas têm necessitado de hospitalização entre as que foram infectadas pela variante ômicron se comparado a outras cepas — o que tem levado cientistas a constatar que ela é menos grave que as demais. Os resultados foram divulgados na última quarta-feira, 22.
Os dados corroboram com outros estudos sobre o assunto, que apontam que a redução de internações variam de 30% a 70%.
Mesmo assim, especialistas afirmam estarem preocupados com o número de infecções pela doença. O Reino Unido, por exemplo, registrou mais de 100 mil casos em um único dia — o maior número desde o início da pandemia.
De acordo com informações da BBC, o estudo da Universidade de Edimburgo afirmou que se a ômicron se comportasse da mesma forma que a variante delta, seria esperado que 47 pessoas teriam sido hospitalizadas na Escócia. No entanto, somente 15 se encontram nessa situação atualmente. Além disso, a pesquisa destacou que houve poucos registros de pacientes idosos ou com comorbidades.
O diretor responsável pela situação da Covid-19 na Public Health Scotland, Jim McMenamin, considerou os resultados preliminares uma "boa notícia". Contudo, destacou que é importante "não nos precipitarmos", uma vez que a nova variante tem se espalhado rapidamente.
Conforme explicou o professor Mark Woolhouse, da Universidade de Edimburgo, "uma infecção pode ser relativamente branda individualmente para a grande maioria das pessoas, mas o potencial de todas essas infecções ocorrerem de uma vez e colocarem uma séria pressão sobre o NHS (o sistema público de saúde) permanece."