A nova análise divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça calcula uma média entre os estados brasileiros
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) atualizou os dados públicos sobre os custos prisionais no Brasil durante a manhã da última terça-feira, 30, ao divulgar uma análise inédita com o custo médio de um detento, estimado em R$ 1,8 mil por mês para cada estado.
Contudo, o estudo destaca a diferença em despesas de acordo com a região do país. As informações são do portal CNN.
A média, obtida por um cálculo com os custos prisionais de 22 unidades da federação, pode varias até 340%, como ocorre entre Pernambuco e Tocantins; o primeiro é o estado com menor custo mensal por preso, com R$ 955, ao contrário de Tocantins, que atinge o quádruplo do valor com R$ 4,2 mil.
Cinco estados não puderam integrar os dados justificando impossibilidade de contato, ausência de resposta ou impossibilidade de informar o gasto, sendo eles Acre, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Santa Catarina.
Com o restante dos dados, foi possível também classificar o destino dos custos, sendo entre 60 e 83% destinados a folha de pagamento e despesas com serviços prisionais.
Contudo, na alimentação e materiais para higiene e limpeza, a variação entre estados volta a chamar atenção, alcançando diferenças de até 500% de direcionamento de gastos.
Na visão de Luís Lanfredi, do CNJ, a qualificação dos gastos intramuros é de exímia importância "Representa um investimento no desenvolvimento humano, tanto de pessoas presas quanto no de servidores que ali trabalham", disse à CNN Brasil.