Curiosos geoglifos felinos e antropomórficos são descobertos no Peru

Recentemente, uma equipe de arqueólogos da Universidade Nacional San Luis Gonzaga de Ica (Unica), no Peru, realizou um achado bastante impressionante: 29 grandes geoglifos nos bairros de El Ingenio e Changuillo, na região de Ica, ao sul do Peru, que retratavam figuras felinas e antropomórficas.

De acordo com os pesquisadores envolvidos na descoberta, os geoglifos datam de entre os anos 300 a.C. e 100 d.C., época em que a região vivia a transição entre o período Paracas e o período Nasca.

Conforme descrito pelo Heritage Daily, para o estudo, foram utilizados drones. Com eles, foram identificados 10 geoglifos no distrito de El Ingenio, que retratavam figuras felinas que mediam até 17 metros de comprimento e 12 de altura, e outros 8 geoglifos semelhantes ainda maiores, no distrito de Changuillo, medindo até 37 metros de comprimento por 13 metros de altura.

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Os demais geoglifos, por sua vez, são representações de figuras antropomórficas, ou seja, uma mistura de características de animais e de humanos. Destes, 10 foram encontrados em El Ingenio, enquanto apenas um estava no distrito de Changuillo.

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Pré-hispânicos no Peru

Ainda segundo o Heritage Daily, a cultura Paracas surgiu por volta de 800 a.C., antes da chegada do Império Inca na região. Dessa forma, muitos geoglifos encontrados na região são associados a esse povo, como os famosos Geoglifos de Palpa e os Candelabros de Paracas.

Além do mais, os Paracas teriam sido precursores da cultura Nasca, que surgiu por volta de 100 a.C. e se desenvolveu no litoral sul do atual Peru. Os geoglifos Nascos são conhecidos por representarem várias criaturas vivas — como beija-flores estilizados, aranhas, macacos, peixes, tubarões, orcas, lagartos e plantas desérticas —, que lembram pinturas rupestres Paracas; isso sem mencionar as representações ambíguas de aparência humana ou guerreiros.

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Vale mencionar ainda que, segundo os pesquisadores, os gatos eram bastante representados pelos Paracas pois esta cultura considerava-os divindades relacionadas à água, além de bastante próximos aos conceitos de fertilidade.