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Notícias / Covid

Covid-19: Médico relata superlotação em crematórios chineses

O epidemiologista relata que, nos próximos 90 dias, 60% da população deve pegar a doença

Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 21/12/2022, às 09h30

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Foto ilustrativa de médico com roupa preventiva - Foto de mariohagen, via Pixabay
Foto ilustrativa de médico com roupa preventiva - Foto de mariohagen, via Pixabay

Eric Feigl-Ding, epidemiologista chinês, que também é integrante da ONU, afirmou que a o fim das restrições sanitárias impostas pelo governo asiático vem causando "uma explosão nos serviços funerários”, ao lotar os hospitais.

No Twitter, ele disse que, nos próximos 90 dias, 60% dos chineses devem pegar covid, o que é um risco, já que o país não adotou a vacina bivalente, e os idosos ainda resistem a tomar qualquer vacina relacionada a covid, além disso, a demanda chinesa irá reduzir a oferta de remédios no mundo, causando um problema de maior proporção.

Segundo Eric, as funerárias estão lotadas, com cerca de 2 mil corpos no aguardo de cremação. “Não estou exagerando: serão até 2 milhões de mortos na China nos próximos meses (...) se não houver intervenção”.

Novo cenário

Feigl-Ding diz que repassa informações de hospitais e funerárias chinesas, que estariam usando até mesmo refrigerados para conservar corpos que estão na fila. “A maior funerária de Pequim está com todos os incineradores funcionando, mas não atende a demanda, resultando em atraso de 20 dias”.

De acordo com o Uol, a China vacinou 89% da população com duas doses, mas a OMS (Organização Mundial da Saúde) diz eu apenas 57% receberam a dose de reforço.

O vice-presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), Alexandre Naime, atribui a "catástrofe chinesa" à resistência de idosos à vacinação e à utilização da primeira geração de vacinas, que ainda não estão adaptadas à variante ômicron da doença.