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Notícias / Astronomia

Cometa Tsuchinshan-ATLAS: Promessa de espetáculo ou desintegração iminente?

Astrônomos divergem sobre o destino do cometa, que pode oferecer um espetáculo a olho nu ou se desintegrar antes de sua passagem próxima à Terra

Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 17/07/2024, às 15h59

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Cometa Tsuchinshan-ATLAS - Reprodução/NASA
Cometa Tsuchinshan-ATLAS - Reprodução/NASA

O cometa C/2023 A3, também conhecido como Tsuchinshan-ATLAS, desperta grande interesse entre os astrônomos e entusiastas do céu noturno. Inicialmente avistado em janeiro de 2023 pelo Observatório da Montanha Púrpura na China e confirmado pelo Sistema de Alerta de Impacto Terrestre de Asteroides (ATLAS) da NASA, o cometa está em uma trajetória que o levará próximo do Sol e da Terra nos próximos meses. No entanto, um estudo sugere que o cometa pode se desintegrar antes que tenhamos a chance de vê-lo em seu auge.

O cometa C/2023 A3 deve atingir seu ponto mais próximo do Sol em 27 de setembro de 2023, e fazer sua passagem mais próxima da Terra em 13 de outubro, a aproximadamente 71 milhões de quilômetros de distância.

Se sobreviver até lá, o cometa poderá ser tão brilhante quanto muitas estrelas no céu noturno, visível a olho nu por várias semanas. No entanto, Zdenek Sekanina, astrônomo do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, argumenta que o cometa já começou a se fragmentar e pode não resistir até o periélio.

No estudo, divulgado em 8 de julho, no servidor de pré-impressão arXiv, Sekanina aponta linhas de evidência que sugerem o colapso iminente do cometa. Ele observa que o C/2023 A3 não tem brilhado como esperado à medida que se aproxima do Sol, indicando que seu núcleo pode não estar intacto.

Além disso, a cauda do cometa é mais fina do que o normal e possui uma orientação peculiar, sugerindo fragmentação. O astrônomo também destaca que o cometa está experimentando uma aceleração não gravitacional, provavelmente causada por jatos internos de gás.

Nem todos os especialistas concordam com as conclusões de Sekanina. Nick James, astrônomo da Associação Astronômica Britânica, afirma que o cometa não parece se desintegrar e considera a previsão como imprudente. James sugere que, embora o estudo de seu companheiro seja motivo suficiente para observar o cometa de perto, não há certeza sobre seu destino.

Outros casos

Cometas grandes frequentemente se fragmentam ao se aproximar do Sol, como foi o caso do ISON em 2014 e do C/2019 Y4 em 2020. Segundo o 'Live Science', esses eventos ocorrem devido à imensa gravidade do Sol e ao aumento da radiação solar que pressiona fraturas preexistentes. No entanto, alguns cometas, como o 12P/Pons Brooks, conseguem sobreviver à sua viagem ao redor do Sol.

Apesar das incertezas, muitos astrônomos e entusiastas do céu estão aguardando ansiosamente a passagem do C/2023 A3. Se o cometa sobreviver à sua jornada, ele proporcionará um espetáculo celeste.


*Sob supervisão;