Possível combatente checheno segura a bandeira do primeiro brasileiro morto durante a guerra da Ucrânia
A saga dos brasileiros que defendem a Ucrânia após a invasão iniciada pela Rússia em fevereiro ganhou desdobramentos nos últimos dias, após familiares confirmarem a morte de Douglas Búrio e Thalita do Valle, que se encontravam em campo de guerra.
Agora, a história de André Hack Bahi, primeiro brasileiro a morrer durante o conflito, foi relembrada após a circulação de um vídeo nas redes sociais. Uma bandeira que pertencia ao combatente estava nas mãos de um possível soldado checheno que defende a Rússia durante o conflito.
Enquanto segura a bandeira, o homem fala sobre uma legião 'estrangeira' que 'destruíram', além de insinuar que as tropas que defendem a Ucrânia não estariam 'inspiradas'.
Pegamos de uma legião estrangeira que destruímos. Todos os participantes dessa legião assinaram o nome na bandeira. Alguns foram eliminados. Outros fugiram. Ainda sobraram alguns, mas eles não estão inspirados em continuar lutando", explica ele na gravação.
Conforme apurado pelo portal de notícias UOL, Sandro Carvalho da Silva, atual tenente que lidera o pelotão onde o brasileiro atuava, disse que a bandeira é, de fato, um pertence de André. Ele explica que a bandeira foi assinada por outras pessoas, como mostra a gravação.
"Quando foi alvejado, ele deixou cair a mochila dele. O pessoal inclusive tinha assinado. Eu reconheço aquela bandeira", explicou ele ao UOL.
A bandeira foi capturada pelos soldados Chechênos. Um dos líderes Chechenos comenta sobre a bandeira PT1 pic.twitter.com/vfZtqeeFd6
— Militar Sem Hype (@MilitarSemHype) July 2, 2022
No dia 9 de junho, o Ministério das Relações Exteriores, através de comunicado lançado pelo Itamaraty, confirmou o falecimento do combatente brasileiro que havia se deslocado até a Ucrânia para combater a tumultuada invasão russa ao país vizinho.
Identificado como André Luís Hack Bahi, ele era natural de Porto Alegre, chamando atenção pela motivação de ter ido até o Velho Continente em busca de enfrentar tropas. Apesar de gaúcho, foi no Ceará onde o rapaz teve contato com atividades relacionadas a segurança armada, onde trabalhou em um shopping na capital Fortaleza.