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Com mais de 100 metros, barco-dragão chinês quebra recorde e entra para o Guinness

Feita de troncos de abeto chinês, a embarcação foi construída para o Festival do Barco-Dragão, celebrado anualmente no quinto dia do quinto mês do Calendário Lunar

por Giovanna Gomes
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Publicado em 06/06/2024, às 08h39

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Barco-dragão de mais de 100 metros entrou para o Guinness - Divulgação/vídeo
Barco-dragão de mais de 100 metros entrou para o Guinness - Divulgação/vídeo

Um novo recorde reconhecido pelo Guinness foi registrado no último sábado: um barco-dragão medindo mais de 100 metros quebrou o recorde mundial na cidade de Yiyang, no centro da China. Oficialmente reconhecido como o barco-dragão mais longo do mundo, ele mede 100,98 metros de comprimento.

Construído pelos moradores de Beian New Village, o barco possui 105 compartimentos e pode acomodar até 420 remadores. Feita de troncos de abeto chinês com diâmetro de 50 a 60 centímetros e comprimento de aproximadamente 28 metros, a construção envolveu oito etapas e levou mais de dois meses para ser concluída. A inauguração ocorreu no rio em 12 de junho de 2023, durante uma cerimônia.

Também conhecido como Festa de Duan Wu, o Festival do Barco-Dragão é celebrado todos os anos no quinto dia do quinto mês do Calendário Lunar, sendo um dos quatro principais festivais tradicionais chineses, ao lado do Ano Novo Chinês, do Festival Qingming e do Festival do Meio do Outono. As informações são do O Globo.

Origem

A origem mais popular do festival está ligada a Qu Yuan, um poeta do Reino de Chu durante o Período dos Estados Combatentes (476 a.C. - 221 a.C.). Qu Yuan, que era de família nobre, ocupou o cargo de ministro aos 22 anos e defendia a “governança virtuosa”, que incluía o uso de sábios talentosos e a aplicação rigorosa das leis. Contudo, foi exilado pelo rei, enganado por calúnias.

Durante o exílio, Qu Yuan expressou sua tristeza e preocupação com o reino através da poesia, sendo "Li Sao" (Às do Encontro da Tristeza) sua obra mais conhecida. Em 278 a.C., ao ver o Reino Chu ser conquistado pelo Reino Qin, Qu Yuan se atirou ao rio e morreu. A população, preocupada que seu corpo fosse devorado por peixes, lançou bolinhos de arroz ao rio para distraí-los.

Essas práticas evoluíram para as tradições do Festival do Barco-Dragão, que homenageia a integridade moral e o patriotismo de Qu Yuan, com corridas de barcos e o consumo de Zongzi (bolinhos de arroz glutinoso embrulhados em folhas de bambu).

Outra versão da origem do festival está ligada ao dragão, um símbolo de poder auspicioso na cultura tradicional chinesa. A adoração ao dragão visava afastar o mal e prevenir epidemias. Nos tempos modernos, a corrida de barcos-dragão tornou-se um esporte competitivo, incluído nas modalidades dos Jogos Asiáticos de 2010, em Guangzhou.