Apenas "por curiosidade", jovem chefiou grupo que comercializava logins da polícia, Exército e Justiça
Recentemente, um adolescente de apenas 14 anos chamou a atenção de importantes autoridades brasileiras após ser suspeito de chefiar um grupo criminoso que, pela internet, comercializava mais de 20 milhões de logins e senhas relacionados à polícia, Exército e Justiça brasileiros. Ele teria sido responsável por hackear plataformas restritas desses órgãos.
Segundo a Polícia Civil de São Paulo, o número de pessoas suspeitas de compôr o grupo é de cinco, sendo dois deles menores de idade. Todos os envolvidos foram identificados e detidos ainda em junho deste ano, em meio à chamada 'Operação Lotter - Fraudador Digital', de acordo com o UOL.
Em depoimento à polícia, o suspeito de liderar o grupo explicou que, para obter o acesso aos logins e senhas restritos, criou do zero um programa de computador que lhe permite acesso a qualquer site privado ou público. Assim, o grupo — que se conheceu em comunidades de jogos no Discord, aplicativo de mensagens online — conseguiu dados da Polícia Militar de São Paulo, da Polícia Federal, do Exército, do Tribunal de Justiça de São Paulo e do Ministério Público de São Paulo.
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Conforme relatado pelo delegado Adriano Pitoscia, responsável pelo caso, em entrevista ao Fantástico, o jovem de 14 anos, que não teve a identidade revelada, declarou que criou o programa de acesso e navegou pelos sistemas restritos apenas por "curiosidade". Os outros envolvidos, porém, vendiam os acessos "pelo preço de R$ 200 até R$ 1.000", falou.
Por fim, o Discord se pronunciou sobre o ocorrido ao Fantástico, e declarou que adota uma abordagem de zero tolerância com atividades ilegais em sua plataforma. Além disso, acrescenta que quando toma conhecimento de qualquer conduta do tipo, remove todo o conteúdo relacionado, assim como proíbe o usuário e colabora com as investigações.