Galeão San José naufragou em 1708 com tesouro avaliado em 20 bilhões de dólares; entenda!
Em 8 de junho de 1708, o galeão San José naufragou a cerca de 600 metros de profundidade, na costa de Cartagena, na Colômbia, durante uma batalha contra os britânicos na Guerra da Sucessão Espanhola.
O naufrágio, até os dias atuais, ainda não foi resgatado, embora guarde um tesouro avaliado em torno dos 20 bilhões de dólares. A fortuna é alvo de uma intensa batalha judicial e o resgate do San José ganhou novos capítulos nos últimos dias.
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Na semana passada, o governo colombiano repercutiu que pretende acelerar a missão para recuperar o tesouro afundado por três séculos; mesmo em meio a inúmeras batalhas judiciais em torno da fortuna
À Bloomberg, Juan David Correa, ministro da cultura do país, informou que o presidente Gustavo Petro ordenou a exumação do "Santo Graal dos naufrágios" — que descansa no fundo do Mar do Caribe — o mais rápido possível.
A intenção de Petro é trazer o navio, de 62 canhões e três mastros, de volta à superfície antes que seu mandato acabe, em 2026. Para isso, solicitou a formação de uma parceria público-privada para levar o projeto adiante.
Esta é uma das prioridades da administração Petro", disse Correa. "O presidente nos disse para acelerarmos o ritmo."
Mas o naufrágio, que abriga um tesouro de ouro, prata e esmeraldas (estimado entre 4 e 20 bilhões de dólares), também é centro de disputas judiciais. Antes de ser afundado, o galeão San José havia carregado riquezas do vice-reinado do Peru na feira de Portobelo, em junho de 1708.
Durante séculos, sua existência virou lenda, visto que sua identificação exata era desconhecida. Mas, em 1981, a empresa norte-americana Glocca Morra afirmou ter descoberto o tesouro perdido e entregou as suas coordenadas à Colômbia com a promessa de que receberia metade da fortuna quando recuperada.
Anos depois, em 2015, o então presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse que a marinha do país encontrou os destroços do San José num local diferente no fundo do mar — embora a Colômbia nunca tenha divulgado as coordenadas do local.
Agora, a Sea Search Armada (antiga Glocca Morra) briga na Justiça por parte do valor, visto que a empresa acredita que o local é o mesmo campo de destroços que eles encontraram em 2015. A companhia processa o governo colombiano por 50% do achado.
Correa, por sua vez, disse ao veículo que os pesquisadores do governo visitaram as coordenadas compartilhadas pela Sea Search Armada e "concluíram que não há naufrágio ali".
Além disso, os espanhóis reivindicaram parte do tesouro, assim como a tribo indígena boliviana dos Qhara Qhara, que detém terras das quais foram extraídas as riquezas na época.