Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Cérebros

Cocaína em cérebros indica que substância já era utilizada no século 17 na Europa

Antes da descoberta dos cérebros com cocaína, acreditava-se que a substância teria chegado ao continente europeu durante o século 19

por Giovanna Gomes
[email protected]

Publicado em 23/08/2024, às 15h33

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Tecido cerebral analisado em novo estudo - Divulgação/Giordano et.al
Tecido cerebral analisado em novo estudo - Divulgação/Giordano et.al

Especialistas da Universidade e do Policlínico de Milão, na Itália, descobriram as primeiras evidências do uso possivelmente recreativo de cocaína na Europa do século 17. As conclusões foram publicadas no Journal of Archaeological Science.

Até então, acreditava-se que a cocaína só havia chegado ao continente no século 19, quando passou a ser processada como sal de cloridrato de cocaína (Erythroxylum spp.).

Pesquisas anteriores já indicavam que os habitantes das regiões ocidentais da América do Sul mastigavam folhas de coca para sentir seus efeitos químicos. No entanto, o novo estudo sugere que o contato europeu com a planta pode ter ocorrido quase 200 anos antes. As informações são do portal Galileu.

Descoberta

A descoberta aconteceu por acaso, durante análises arqueotoxicológicas em restos humanos sepultados na cripta antiga de Ca' Granda, que abrigava mortos do Hospital Maggiore nos anos 1600. Ao examinar amostras dos tecidos cerebrais de dois corpos mumificados, os especialistas identificaram componentes ativos da coca, indicando que a planta era consumida regularmente.

Como os registros do hospital não mencionam o uso de cocaína ou folhas de coca para fins medicinais, os pesquisadores acreditam que esses indivíduos poderiam estar mastigando as folhas por razões como uso recreativo ou automedicação.

Além disso, a equipe notou que ambos os corpos foram enterrados de maneira que sugere que pertenciam a pessoas pobres, o que levanta a possibilidade de que as folhas de coca eram acessíveis e abundantes naquela época.

+ Confira aqui o estudo completo.