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Notícias / Planeta

Cientistas descobrem planeta com órbita excepcionalmente longa

Planeta registrado pelo James Webb surpreendeu cientistas com massa seis vezes maior que Júpiter; confira detalhes da descoberta

Redação Publicado em 25/07/2024, às 11h25 - Atualizado às 11h30

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Ilustração mostra o curioso Epsilon Indi Ab - T. Müller (MPIA/HdA)
Ilustração mostra o curioso Epsilon Indi Ab - T. Müller (MPIA/HdA)

Em uma revelação que marca um novo capítulo na astronomia, cientistas anunciaram a descoberta de um exoplaneta, denominado Epsilon Indi Ab, que orbita a estrela Epsilon Indi A.

Este exoplaneta, localizado a uma distância de 12 anos-luz da Terra, surpreende pela sua massa, seis vezes maior que a de Júpiter, apesar de compartilhar um diâmetro semelhante.

A equipe internacional liderada pelo Instituto Max Planck de Astronomia (Alemanha) trouxe à luz este achado por meio de imagens capturadas em comprimentos de onda infravermelhos pelo supertelescópio James Webb (abaixo).

Órbita longa

As observações, publicadas na revista "Nature", detalham como o dispositivo de sombreamento especial do telescópio permitiu uma visão direta do planeta ao bloquear a luz ofuscante da estrela, revelando assim o Epsilon Indi Ab como um ponto distinto no espectro infravermelho.

Registros divulgados pelo Instituto Max Planck de Astronomia - T. Müller (MPIA/HdA), E. Matthews (MPIA)

Uma das peculiaridades mais fascinantes do Epsilon Indi Ab é sua órbita excepcionalmente longa, estimada entre 100 a 250 anos para completar uma volta completa em torno de sua estrela. Está posicionado muito mais distante de sua estrela-mãe do que a Terra do Sol, especificamente cerca de 15 vezes a distância Terra-Sol.

Sua atmosfera é predominantemente composta por hidrogênio, semelhante ao gigante gasoso de nosso próprio sistema solar, Júpiter. "Este é um gigante gasoso sem superfície sólida ou oceanos de água líquida", explicou a astrônoma Elisabeth Matthews à agência Associated Press.

Este sistema estelar, parte de um conjunto triplo e com aproximadamente 3,5 bilhões de anos - apenas 1 bilhão de anos mais jovem que nosso sistema solar -, continua a despertar curiosidade sobre sua composição e potencial para abrigar outros tipos de planetas. Embora seja pouco provável que existam outros gigantes gasosos neste sistema, não se descarta a possibilidade de mundos rochosos menores circulando nas proximidades.

A descoberta não apenas amplia nosso entendimento sobre como esses colossais planetas gasosos evoluem ao longo dos giga-anos mas também adiciona à crescente lista da NASA que já contabiliza 5.690 planetas fora do nosso sistema solar detectados até meados de julho.