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Notícias / Submarino

Cientista pede interrupção de viagens até o Titanic: 'Precisa ser tratado com respeito'

Em desabafo, cientista explica que todas as viagens ao local deveriam ser interrompidas

Redação Publicado em 23/06/2023, às 16h03

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O cientista Michael Guillen e registro do documentário 'Fantasmas do Abismo' - Reprodução/Vídeo e Divulgação
O cientista Michael Guillen e registro do documentário 'Fantasmas do Abismo' - Reprodução/Vídeo e Divulgação

A última semana foi marcada pela aflição em torno do submarino Titan, da OceanGate, que desapareceu no último domingo, 18, enquanto realizava uma expedição até os destroços do Titanic. Na última quinta-feira, 22, a Guarda Costeira dos EUA confirmou que o submarino implodiu no oceano, assim resultando na morte de cinco pessoas da tripulação. 

Antes da informação ser confirmada, o cientista e jornalista Michael Guillen, que visitou os destroços do Titanic duas décadas atrás, disse quinta-feira, 22, que as expedições ao local de repouso do navio deveriam ser interrompidas até que a causa da falha do Titan seja esclarecida. Até o momento, foi divulgado que o submersível implodiu, no entanto, sem mais detalhes sobre a tragédia. 

Em relato à Reuters, Guillen relembrou que, após a desgraça do ônibus espacial Challenger, que explodiu, o programa espacial dos EUA foi interrompido. Ele defende que o mesmo deveria acontecer no local em que se encontra o Titanic. Embora a declaração tenha sido feita antes da descoberta dos destroços do submersível, a reflexão é interessante. 

Nada de turismo

"(...) Precisamos parar, pausar, respirar fundo e fazer às pessoas esta pergunta. Por que você quer ir ao Titanic e como chegar lá em segurança?", questionou o cientista. Guillen também relembrou que o local de repouso do Titanic precisa ser tratado com muito respeito. 

"E eu me lembro de uma das coisas que me atingiu como um martelo quando estava na proa, tivemos um momento de oração por essas pessoas. E então, enquanto você percorre a proa, há uma pequena placa bem onde o capitão costumava estar, um memorial às crianças que perderam suas vidas neste naufrágio. Isso não é apenas para curioso ver. Isso não é algo turístico. Este é um local sério que precisa ser tratado com respeito.”