Os animais foram alimentados de maneira linear e chegaram a ser relacionados como símbolo de boa sorte na dinastia Han
Pesquisadores da Universidade de Fudan, em Xangai, publicou um estudo arqueológico sugerindo a possibilidade de lebres terem sido usadas como animais domésticos na China, após encontrar dezenas de indícios de usos semelhantes dos animais em funções não-selvagens.
A equipe de arqueólogos localizou ossos de 54 lebres, datados em cerca de 4900 anos, em assentamentos agrícolas antigos no planalto de Loess, na região central do país. Com análises de isótopos das lebres, foi possível concluir que 20% delas tinham uma dieta linear com itens cultivados pelos agricultores.
Com os nutrientes relacionados ao milheto, o cereal relaciona esta parcela de animais com a vida doméstica, sugerindo que as lebres foram alimentadas rigorosamente como bichos de estimação. A relação de domesticação é explicada pelos cientistas como uma simples interação contínua de uma fonte constante de alimentos, atraindo os animais.
A relação do bicho com a vida doméstica não apenas pode dar luz em pesquisas de comportamento animal, mas ajuda no rastreamento de dados relacionados a agricultura de milho em comunidades neolíticas. Outras escavações, no norte da China, também relacionaram a vida humana com as lebres em representações a partir do ano 1000 a.C., com a lebre sendo considerada um símbolo de sorte durante a dinastia Han.