Documento chamou a atenção nas redes sociais do país
Pouco depois de publicar um relatório alegando que o telescópio “Sky Eye” captou possíveis sinais de uma civilização alienígena distante, um relatório publicado por cientistas chineses foi excluído de forma repentina.
De acordo com astrônomos da Universidade Normal de Pequim, “vários casos de possíveis vestígios tecnológicos e civilizações extraterrestres de fora da Terra” foram identificados. O relatório foi publicado na terça-feira da semana passada, 14, no Science and Technology Daily, jornal oficial do Ministério da Ciência e Tecnologia da China.
Os sinais foram captados pelo radiotelescópio esférico de abertura de quinhentos metros da China (FAST), também apelidado de “Sky Eye”, que nada mais é que o maior radiotelescópio do mundo.
Conforme aponta matéria da Live Science, o telescópio foi lançado, em 2019, para trabalhar na exploração do espaço profundo em busca de sinais de rádio que pudessem indicar a existência de vida extraterrestre.
No ano seguinte, pesquisadores analisaram esses dados e alegaram ter visto dois sinais de rádio que eram, potencialmente, artificiais vindos de uma banda estreita suspeita. Já em 2022, através de uma pesquisa direcionada de exoplanetas conhecidos, um terceiro sinal de banda estreita foi identificado.
Apesar das descobertas, os pesquisadores apontam que os resultados são preliminares e, portanto, devem ser tratados com cautela até que uma análise completa seja feita.
“Estes são vários sinais eletromagnéticos de banda estreita diferentes do passado, e a equipe está atualmente trabalhando em mais investigações”, afirmou Zhang Tongjie, cientista-chefe do Grupo de Pesquisa de Civilização Extraterrestre da China na Universidade Normal de Pequim, ao Science and Technology Daily
A possibilidade de que o sinal suspeito seja algum tipo de interferência de rádio também é muito alta e precisa ser confirmada ou descartada. Este pode ser um processo longo”, encerrou.
Após a publicação do relatório, no entanto, segundo relatado pelo Live Science, diversos trechos do documento rapidamente tomaram conta da Weibo, popular rede social chinesa, além da divulgação feita em veículos estatais. A exclusão do arquivo, porém, ainda não foi devidamente explicada.