As autoridades chinesas teriam solicitado que a Rússia esperasse até o fim dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim para iniciar a operação no território vizinho
Autoridades chinesas teriam pedido a altos funcionários da Rússia que realizassem a invasão à Ucrânia, que aconteceu no último dia 24, depois do fim dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, apontou um relatório de inteligência ocidental.
As informações do relatório foram reveladas por autoridades dos Estados Unidos na última quarta-feira, 2, e relatadas pela primeira vez na imprensa através do jornal americano New York Times.
O documento é considerado crível pelas autoridades americanas. No entanto, os detalhes ainda estão abertos a interpretação, como relatou uma fonte familiarizada com a inteligência repercutida pela CNN Internacional.
Segundo Liu Pengyu, porta-voz da embaixada da China em Washington, “as alegações mencionadas nos relatórios relevantes são especulações sem qualquer base, e pretendem transferir a culpa e difamar a China”.
A solicitação de que a operação russa na Ucrânia esperasse o término das Olimpíadas teria ocorrido na época da visita do presidente Vladimir Putin à Pequim na cerimônia de abertura do evento. O político russo encontrou o presidente chinês Xi Jinping, mas o relatório não informa se Putin abordou a questão diretamente.
Era previsto por oficiais de inteligência ocidentais, responsáveis por perceber as movimentações russas na fronteira com a Ucrânia, que o governo russo adiasse a invasão ao território vizinho para evitar irritar a China.
Os dois países inclusive emitiram uma nota conjunta em que afirmaram que sua parceria “não tinha limites”, acrescentando uma condenação à expansão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).