Leo Terrell foi criticado por compartilhar publicação de ex-líder de organização supremacista branca; entenda!
Chefe da força-tarefa oficial de antissemitismo de Donald Trump, o advogado e apresentador Leo Terrell foi criticado por um importante grupo judaico por compartilhar uma postagem de um proeminente supremacista branco.
Conforme repercute o The Guardian, a publicação foi escrita por Patrick Casey na quarta-feira da semana passada, 12; onde declara que o presidente Trump pode "revogar o cartão judeu de alguém".
Terrell, que é negro, publicou novamente a reação de Casey quando Trump criticou o senador Chuck Schumer, o líder da minoria democrata no Senado, dizendo que ele "costumava ser judeu" e "não é mais judeu, ele é um palestino".
A grande polêmica se dá pelo fato de Patrick Casey ter sido um dos líderes do extinto grupo Identity Evropa — que foi uma organização americana de extrema-direita, neonazista, neofascista e supremacista branca fundada em março de 2016, conforme apontou o Los Angeles Times.
Em 2018, Casey disse à NBC News que sua missão era "dominar" o partido Republicano "o máximo possível". O grupo foi dissolvido em novembro de 2020.
A repercussão dada por Terrell foi criticada por Amy Spitalnick, presidente-executiva do Conselho Judaico para Assuntos Públicos: "O chefe antissemitismo de Trump compartilhou uma postagem antissemita e supremacista branca de um neonazista envolvido em Charlottesville", disse em referência à marcha de neonazistas e outros extremistas em apoio a Trump na Virgínia em 2017, durante a qual um contramanifestante foi morto.
Esta administração não se importa em combater o antissemitismo", disse Spitalnick, repercute o Guardian. "Eles se importam em explorá-lo para atacar a democracia."
Spitalnick liderou anteriormente o Integrity First for America, o grupo que conduziu um processo bem-sucedido contra os organizadores da marcha de Charlottesville. "Nós processamos com sucesso o extinto grupo de ódio [de Casey]".
Advogado de direitos civis da Califórnia, Leo Terrell, de 70 anos, foi colaborador da Fox News, sendo reconhecido por se manifestar em apoio a Trump em 2020. Em janeiro deste ano, ele foi nomeado para servir na divisão de direitos civis do Departamento de Justiça dos EUA. No mês seguinte, a administração Trump anunciou que Terrell lideraria "uma Força-Tarefa multiagência para Combater o Antissemitismo".