Os conflitos recentes deixaram pelo menos 244 pessoas mortas, os mais afetados foram os palestinos, que comemoraram o acordo
De acordo com informações publicadas na noite da última quinta-feira, 20, pelo portal de notícias G1, o Egito mediou um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Considerado como ‘mútuo e simultâneo’ o acordo no local começou a valer a partir das 2h da manhã dessa sexta-feira, 21, (20h de quinta-feira, no horário de Brasília).
Sabe-se que o conflito recente já durava dez dias e foi considerado o mais violento dos últimos tempos. Pelo menos 244 pessoas morreram em decorrência dos confrontos, os mais afetados foram os palestinos — já que Gaza registrou 232 vítimas fatais. Israel registrou 12 mortes. Após o cessar-fogo, os palestinos foram para as ruas comemorar a trégua.
Nos últimos dias, a comunidade internacional vinha pressionando Israel, contudo, até então o país não havia respondido positivamente. Sabe-se que pelo menos 90 minutos antes do acordo entrar em vigor, bombardeios foram registrados na Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, estava irredutível. Contudo, após conversas com o presidente norte-americano, Joe Biden, e com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, o cenário mudou. De acordo com a Casa Branca, o Egito foi escolhido para ser interlocutor nas negociações, por conseguir acesso ao Hamas.
Sabe-se que agora, duas delegações de segurança foram enviadas pelo Egito para os territórios israelenses e palestinos, com objetivo de suspender de vez os conflitos.
Contudo, em nota, autoridades israelenses afirmam que a trégua pode ser temporária: “O Gabinete de Segurança Política aceitou unanimemente a recomendação de todos os agentes de segurança [...] para aceitar a iniciativa egípcia de um cessar-fogo incondicional bilateral [...] a ala política enfatiza que a realidade concreta determinará a continuação da campanha”, pontuou o comunicado.