Segundo reconstituição feita por oficiais, o menino sofreu 23 lesões graves que não condizem com a versão dada por Monique
Pouco mais de um mês depois da morte do pequeno Henry Borel, o laudo da reconstituição do caso descartou completamente “a possibilidade de um acidente doméstico”, uma teoria sugerida pela própria mãe da vítima. As informações são do G1.
De forma semelhante à necrópsia realizada no corpo do menino, a mais recente perícia mostrou que Henrysofreu 23 lesões diferentes que “apresentam características condizentes com aquelas produzidas mediante ação violenta (homicídio)”.
A fim de comprovar ou contestar a versão dada por Monique Medeirose seu namorado, Dr. Jairinho, a perícia reproduziu os últimos momentos do pequeno Henry no apartamento da mãe. No dia 1º de abril, então, os oficiais testaram todas as possibilidades de queda no quarto onde o menino foi encontrado.
Segundo a perita criminal Denise Gonçalves Rivera, da Polícia Civil do RJ, contudo, “não há a menor hipótese de ele [Henry] ter caído, quer seja da cama, quer seja da poltrona, quer de uma estante, que tem 1,20 metro de altura”.
Acontece que as feridas encontradas no garoto eram severas demais para lesões que poderiam ser causadas por uma possível queda. “Em nenhuma dessas circunstâncias ele teria essas lesões que a necropsia apresentou”, explicou Denise.
Ainda mais, de acordo com a perita, existe a possibilidade de que Henry “tenha sido agredido cada vez que ele ia reclamar". Isso porque, segundo os laudos oficiais, o corpo do menino apresenta lesões de baixa e de alta energia, todas ocorridas entre 23h30 e 3h30 do dia em que ele morreu.
No domingo de 7 de março de 2021, o engenheiro Leniel Borel deixou seu filho Henry na casa da mãe do garoto, sua ex-esposa Monique. Segundo a mulher, via UOL, o menino teria chegado cansado, pedindo para dormir na cama que ela dividia com Jairinho.
Por volta das 3h30 da madrugada, o casal foi verificar o pequeno e acabou encontrando Henry no chão, já desacordado. Monique e o vereador levaram o garoto às pressas para o hospital, enquanto avisavam Leniel, que, desconfiado, abriu um Boletim de Ocorrência.
O caso começou a ser investigado no mesmo dia e, até hoje, a polícia já ouviu cerca de 18 testemunhas. Tendo em vista que a morte do garoto foi causada por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente”, os oficiais já reuniram provas o suficiente para descartar a hipótese de um acidente, segundo o G1.
O inquérito, no entanto, ainda não foi concluído e, dessa forma, nenhum suspeito foi acusado formalmente, mesmo que a polícia acredite que trate-se de um assassinato. Da mesma forma, falta esclarecer o que realmente aconteceu com Henry naquele dia.