A defesa de Leandro Boldrini alegou irregularidade; o homem condenado a 33 anos de prisão deve ser julgado novamente
Na última sexta-feira, 10, o 1º Grupo Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) decidiu anular o julgamento de Leandro Boldrini. Em 2019, o homem foi um dos condenados pelo assassinato do próprio filho, Bernardo Boldrini.
Leandro, que é médico, permanece preso de maneira preventiva. Entretanto, três de quatro desembargadores acataram o pedido da defesa do homem para nulidade do julgamento. Os advogados afirmam que a promotoria violou o direito do réu de permanecer calado.
De acordo com informações publicadas pelo portal de notícias g1, a defesa informou que Boldrini recebeu “com serenidade a notícia da declaração da nulidade do julgamento”.
Anteriormente, o pai da vítima havia sido condenado a 33 anos de detenção, por homicídio doloso quadruplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Agora, a Justiça deve determinar os próximos passos do novo julgamento.
Bernardo tinha somente 11 anos quando foi morto com alta dose de medicamento, em 2014, no Rio Grande do Sul. Inicialmente, o menino foi dado como desaparecido, dias depois seu corpo foi encontrado na cidade de Três Passos.
Além do pai, a madrasta da criança Graciele Ugulini, uma amiga Edelvânia Wirganovicz e seu irmão, Evandro Wirganovicz, foram condenados pelo crime.
Após a morte de Bernardo, as autoridades encontraram vídeos que provaram que o garoto era vítima de violência, principalmente psicológica. Antes de ser assassinado, o menino havia sozinho denunciado o pai e a madrasta por maus-tratos, em um fórum no Rio Grande do Sul.