Calogero Pisano também foi demitido do Fratelli d’Italia, partido que tem origens neofascistas
Redação Publicado em 20/09/2022, às 12h17
Após elogiar Adolf Hitler nas redes sociais, Calogero Pisano, líder do partido Fratelli d’Italia (‘Irmãos de Itália’, em tradução livre) na província de Agrigento, na Sicília, e candidato ao Parlamento italiano, acabou sendo suspenso.
Pouco depois, Pisano foi demitido pelo partido — que tem em Giorgia Meloni o favoritismo para concorrer ao cargo de primeira-ministra da Itália nas eleições legislativas que acontecem em 25 de setembro.
Ele [Calogero Pisano] não representa os Irmãos da Itália em nenhum nível e está proibido de usar seu logotipo", disse o partido em nota, afirmandom ainda, que ele pode ser sancionado judicialmente caso isso aconteça.
A opção pela suspensão e demissão de Calogero, segundo aponta matéria da AFP, é uma forma que Meloni encontrou para dissociar seu partido de suas origens; o Fratelli d’Italia é tido como herdeiro do Movimento Social Italiano (MSI), partido neofascista criado por partidaristas de Benito Mussolini após a Segunda Guerra Mundial.
A polêmica começou após uma publicação no Facebook feita pelo partido, que apresenta o slogan “Itália acima de tudo”; que ainda conta com uma foto de Meloni. Na publicação, Pisano escreveu:
"Ela me lembra um grande homem de Estado de 70 anos atrás”, deixando claro que não se referia a Il Duce, mas sim a um ‘alemão’.
Apesar disso, recorda a AFP, outras polêmicas cercam o partido, como o fato deles usarem de emblema a chama tricolor verde-branco-vermelha, símbolo criado por veteranos que fundaram o MSI; ou por, em 1990, Meloni ter dito que Mussolini era “um bom político”.
