Em menos de uma semana, três casos de disparos contra escolas judaicas foram registrados na cidade de Montreal
Na manhã do último domingo, 12, uma escola judaica em Montreal, no Canadá, foi atingida por tiros. De acordo com a mídia local, este é o terceiro ataque a instituições de ensino do tipo somente na última semana na cidade, resultado da grande tensão existente entre Israel e o Hamas e os conflitos registrados desde 7 de outubro no Oriente Médio.
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Nenhuma pessoa ficou ferida após os disparos contra a Yeshiva Gedola — instituição de ensino judaica pós-secundarista — de Montreal no domingo. As marcas de bala na fachada do prédio e projéteis foram encontrados logo após o som dos disparos, segundo a CBC News do Canadá.
Conforme repercutido pelo The Guardian, a polícia local anunciou na quinta-feira, 9, que investigavam outros dois registros de tiroteios noturnos em escolas judaicas de Montreal, após funcionários encontrarem munições em frente às instituições. Até o momento, porém, não existe nenhuma prova que relacione os três ataques.
Além dos recentes ataques registrados em Montreal, outros incidentes decorrentes da tensão entre Israel e Hamas — grupo extremista palestino que iniciou conflito no começo de outubro — foram registrados no Canadá entre pessoas aliadas a lados opostos. Na quarta-feira, 8, uma confusão na Universidade Concordia resultou até mesmo em feridos e uma prisão.
Segundo administradores da universidade, a instituição — bem como outras semelhantes — vem testemunhando "um aumento preocupante de atos de intimidação e comportamento intolerante", o que vem intimidando alguns estudantes. À imprensa, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, condenou toda a violência crescente:
Eu sei que as emoções estão altas e as pessoas estão assustadas. Mas atacar uns aos outros não é quem somos como canadenses", disse. "Se em algum lugar do mundo for começar a construir os tipos de entendimentos que precisaremos para ver uma resolução pacífica no Médio Oriente… isso começa num lugar como o Canadá."