A paralisação aconteceu após Jair Bolsonaro (PL) perder a eleição presidencial
Depois de Jair Bolsonaro perder as eleições, no último domingo, 30, caminhoneiros bolsonaristas fecharam trechos de rodovias em, ao menos, 16 estados, para contestar o resultado das urnas. De acordo com um balanço divulgado às 16h15 pela Polícia Rodoviária Federal, há registrados 136 bloqueios nas estradas federais.
As interdições acontecem no Acre, Alagoas, Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
A PRF informou que a AGU (Advocacia-Geral da União) foi acionada para conseguir liberar as estradas bloqueadas. Além disso, a PRF também comunicou que adotou todas as providências necessárias para o retorno da normalidade do fluxo nas rodovias que foram afetadas.
Alguns vídeos compartilhados nas redes sociais e informações oficiais das concessionárias das estradas indicam que a ação dos manifestantes aconteceu logo depois da vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
PERGUNTAS:
— Matheus Gomes (@matheuspggomes) October 31, 2022
Quem são os cidadãos de bem com dinheiro sobrando no último dia do mês pra tacar um caminhão de areia no lixo?
Quem financia essa gente?
É a turma que planejava golpe em grupo de WhatsApp?
Cadê a PRF pra derrubar essa meia dúzia que tranca estrada violentamente? pic.twitter.com/nxBnCcnk58
O deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, informou em nota que não existe nenhum tipo de manifestação organizada, segundo o portal UOL.
A categoria reconhece o resultado das eleições realizada no dia de hoje que é fruto da democracia que inclusive essas categoria defendeu em 7 de setembro de 2021 quando as instituições e o estado de direito foram severamente atacadas.", explica a nota.
De acordo com alguns manifestantes, os caminhoneiros irão sair das ruas somente quando o Exército tomar o poder. Em uma gravação nas redes sociais, um manifestante disse: "Nós não vamos aceitar essa roubalheira, não".