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Notícias / Golpe

Brasileiras teriam extorquido mais de R$ 1 milhão de pintor que vive nos EUA

A mulheres, que são suspeitas de darem um golpe virtual no homem, que vive em Massachusetts, enfrentam processo judicial emitido na quarta-feira, 20

por Giovanna Gomes
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Publicado em 21/12/2023, às 07h49

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Imagem ilustrativa - Imagem de Niek Verlaan por Pixabay
Imagem ilustrativa - Imagem de Niek Verlaan por Pixabay

Um artista brasileiro de 51 anos, residente em Massachusetts, nos Estados Unidos, foi alvo de uma quadrilha originada em Uberaba, liderada por uma mulher que assumia falsa identidade. Sob uma voz sedutora e um rosto atraente, ela submeteu o pintor à extorsão. O processo judicial, emitido na quarta-feira, 20, envolve nove suspeitos, que, em colaboração com a mandante, compunham o fictício círculo social da golpista.

O episódio, que se estendeu por dois anos, teve início em 16 de março de 2021, quando a vítima conheceu a principal suspeita pela internet. Utilizando fotos falsas, ela rapidamente estabeleceu uma conexão com o brasileiro, narrando uma história fictícia sobre uma herança de R$207 milhões a ser recebida em Uberaba.

De acordo com o portal de notícias G1, com o passar do tempo, a golpista passou a solicitar diversas quantias em dinheiro à vítima, alegando necessidade de custear tratamentos de saúde, cuidar de familiares e contratar um advogado para facilitar o recebimento da herança.

No entanto, durante as investigações, descobriu-se que o advogado chamado Rodrigo era, na verdade, a própria golpista, criando cenários fictícios para sustentar a narrativa e extorquir mais dinheiro.

Percebendo o golpe

Ao longo de dois anos, a vítima manteve contato telefônico com a mulher fictícia, vendo-a apenas por fotos, acreditando estar em um relacionamento genuíno. Sentindo-se obrigado a enviar as quantias solicitadas, esperava ser ressarcido quando a suposta herança fosse recebida pela namorada.

O brasileiro percebeu o golpe somente em maio de 2023, quando questionou a mulher sobre inconsistências na história, resultando em sua confissão de que o advogado nunca existiu e era uma criação dela. A partir desse ponto, iniciou o processo para ser ressarcido por danos materiais no valor de R$ 1 milhão.

Sob a liderança do advogado Luis Antônio Novais, a investigação revelou a rede utilizada pela golpista para extorquir a vítima. Além da mandante, a quadrilha era composta por empresárias, servidoras públicas, médicas e familiares, ostentando um estilo de vida luxuoso em Uberaba.

A defesa da vítima solicitou a quebra de sigilo bancário e financeiro, além do bloqueio de contas, apreensão de equipamentos em um açougue gourmet na cidade mineira — que seria mantido com o dinheiro da vítima —, investigação de cartões bancários e mandado de busca nas residências dos suspeitos.