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Notícias / Ciência

Borboleta azul extinta há quase um século era uma espécie própria, comprova estudo

Espécie desapareceu devido a ação humana; entenda

Fabio Previdelli Publicado em 21/07/2021, às 18h00

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A extinta borboleta azul Xerces - Divulgação/Field Museum
A extinta borboleta azul Xerces - Divulgação/Field Museum

De acordo com estudo publicado na Biology Letters, a extinta borboleta azul Xerces foi realmente uma espécie própria e não uma subpopulação de outra borboleta. A conclusão foi feita após uma análise de DNA do inseto que está preservado há quase um século. 

Originário da região de São Francisco, nos Estados Unidos, as borboletas azuis Xerces foram apagadas da história por conta da ação humana, mais precisamente devido ao desenvolvimento urbano na região, como explica matéria do O Globo. 

Seu último registro remete aos anos 1940. Porém, a amostra de DNA usada na análise foi coletada pouco antes, em 1928 — e foi a partir desse material genético de 93 anos que os pesquisadores chegaram a essa conclusão. 

“Quando esta borboleta foi coletada 93 anos atrás, ninguém pensava em sequenciar seu DNA. É por isso que temos que continuar coletando, para pesquisadores daqui a 100 anos”, declarou Felix Grewe, codiretor do Centro de Bioinformática Grainger e principal autor do estudo, em um comunicado divulgado no "EurekAlert". 

“A borboleta azul Xerces é o inseto mais icônico para a conservação porque é o primeiro inseto na América do Norte que sabemos que foi extinta pelos humanos”, explicou Corrie Moreau, diretora da Coleção de Insetos da Universidade de Cornell — instituto que cedeu o espécime para ser analisado. 

Coleção de borboletas/ Crédito: Divulgação/Field Museum

“Dar os primeiros passos e arrancar parte do abdômen [da borboleta quase centenária] foi muito estressante, mas também foi meio estimulante saber que poderíamos ser capazes de responder a uma pergunta que está sem resposta há quase 100 anos e que não pode ser respondida por nenhum outro caminho”, completa. 

Por fim, Moreau ressalta a importância de preservamos os animais sem nos esquecermos dos insetos, o que pode ocasionar um desiquilíbrio considerável em nossa vida. “Cada perda de um inseto tem um efeito cascata massivo nos ecossistemas”.